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Baixa taxa de investimento do Brasil inibe crescimento da economia e prejudica o agro

Sem investimento público não há crescimento. O Brasil enfrenta quedas absurdas nos aportes federais, revelando um colapso de prioridades. O Estado se ausenta, transfere ao setor privado a responsabilidade de financiar infraestrutura e abre mão de seu papel de indutor do crescimento.

Hoje, a taxa de investimento do país é de apenas 17% do PIB, e grande parte vem da iniciativa privada. Na China, são 45%, com o Estado liderando a expansão de portos, aeroportos, estradas e energia. Enquanto eles constroem, o Brasil improvisa.

A falta de infraestrutura encarece a produção e trava a competitividade. Juros altos sufocam crédito, e a instabilidade política paralisa decisões. Para agravar, o governo quer taxar as LCA, encarecendo um dos poucos canais de financiamento do campo. É como se cortasse de um lado (infraestrutura) e estrangulasse do outro (crédito).

O paradoxo é claro: o agro sustenta mais de 25% do PIB e a maior fatia do superávit comercial, mas não recebe em troca a infraestrutura mínima para seguir competitivo. Em vez de apoiar quem sustenta o país, o Estado sufoca o setor com omissão e má política econômica.

O Brasil vive um apagão de investimentos. Com apenas 17% do PIB aplicados, contra 45% da China, e com a taxação das LCA, o agro, motor da economia nacional, corre o risco de travar.
A pergunta que fica é: como sobreviver em um país onde o governo abdica de investir, desmontar instrumentos de crédito e esquecer que sua missão é ser indutor do crescimento?

Se nada mudar, não será apenas corte: será o desmonte completo da capacidade do Estado de planejar o futuro.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.

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