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Barroso quer Brasil na Aliança para a Memória do Holocausto

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, está tentando reverter a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). De acordo com a Revista Veja, o magistrado pediu a interlocutores do Palácio do Planalto para convencerem o petista a rever sua decisão.

Ainda de acordo com o veículo, Barroso afirmou que a saída fortalece o antissemitismo no Brasil e no mundo e desagrada a comunidade judaica, da qual faz parte. Além disso, não oferece benefícios ao país. Por outro lado, a diplomacia do governo afirma que a entrada na instituição foi “apressada”, sem análise adequada sobre eventuais compromissos legais e financeiros.

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A adesão do Brasil à IHRA ocorreu em 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O país integrava o grupo como membro observador. A decisão de saída, no entanto, foi oficializada no último dia 18, segundo fontes diplomáticas.

Saída da IHRA gera críticas no Brasil e em Israel

Cinco dias depois de deixar a aliança, o Brasil passou a apoiar formalmente a ação da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça. O país africano acusa os israelenses de genocídio na Faixa de Gaza.

Leia mais: “Israel repudia Brasil por sair de aliança em memória do Holocausto”

O Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu com uma nota. “Voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso”, diz o texto.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também se manifestou. Em comunicado, classificou a saída como “um retrocesso moral e diplomático” e alertou para o enfraquecimento dos esforços internacionais no combate ao antissemitismo.

A criação da IHRA ocorreu em 1998, por iniciativa do então primeiro-ministro da Suécia, Göran Persson. A organização reúne governos e especialistas para promover o ensino, a memória e a pesquisa sobre o Holocausto.

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Na fundação, pesquisas indicavam que muitos jovens europeus desconheciam a dimensão do genocídio de seis milhões de judeus pelo regime nazista. A primeira reunião contou com delegações da Europa e dos Estados Unidos, que firmaram compromisso de ampliar ações educacionais e preservar testemunhos de sobreviventes.

Atualmente, a IHRA reúne 35 países membros e oito observadores, incluindo Israel, Alemanha e Polônia.

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