Renan Lodi e os seus representantes trabalharam num silêncio quase absoluto, enquanto juridicamente alinhavam nos bastidores o pedido de rescisão de contrato de forma unilateral com o Al Hilal.
A ESPN apurou que o lateral-esquerdo não comentou com ninguém sobre o andamento do processo e, inclusive, fez questão de treinar normalmente poucas horas antes da viagem relâmpago para o Brasil.
Para não correr o risco de ser proibido de viajar ou até mesmo ter o passaporte confiscado, o jogador brasileiro fretou um avião particular e voou na calada da noite. Tudo isso, claro, para fugir dos holofotes.
Lodi também deixou para arrumar as (poucas) malas – às pressas – no dia da viagem, uma vez que poderia chamar a atenção dos vizinhos sauditas. Partiu praticamente sem dar adeus a ninguém.
Em segurança em Curitiba, o lateral-esquerdo anunciou então na noite de sábado a decisão de pedir a rescisão com o Al Hilal. Como não foi inscrito na Liga Saudita, se defende ao dizer que está “sendo privado de exercer a profissão”.
A mesma medida, vale lembrar, foi estudada nos últimos dias pelo atacante Marcos Leonardo, que também não foi inscrito no campeonato nacional e, para piorar, ainda teve o empréstimo vetado para o São Paulo na reta final do mercado de transferências.
Naturalmente, o Al Hilal não gostou a postura de Lodi e já comunicou que vai tomar todas as medidas legais necessárias para proteger os direitos do clube, de acordo com a regulamentação aplicável.
Aos 27 anos, Renan Lodi cumpriu duas temporadas completas na Arábia Saudita, tendo feito 56 jogos oficiais, quatro gols e 11 assistências. Tem hoje interessados no futebol brasileiro, onde foi revelado pelo Athletico Paranaense, mas vai pensar com calma no próximo passo na carreira.