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Belmonte revela discordância com Casares, abre o jogo sobre saída do São Paulo e sonho de ser presidente

Carlos Belmonte, que deixou o cargo de diretor de futebol do São Paulo na última semana, concedeu entrevista exclusiva à ESPN nesta segunda-feira (1) e detalhou pela primeira vez os bastidores de sua saída.

No longo bate-papo, o agora ex-dirigente expôs divergências com o presidente Julio Casares, explicou seu afastamento do dia a dia, o impacto no elenco e até abriu a porta para uma futura candidatura à presidência do clube.

Belmonte contou que já havia decidido deixar o clube ao fim da temporada, mas a goleada por 6 a 0 sofrida para o Fluminense, na última quinta (27) acelerou o movimento.

“Eu já tinha como decisão sair ao fim da temporada. Com a derrota dura contra o Fluminense, achei que o presidente Julio Casares precisaria de um pouco mais de tempo para fazer o planejamento para 2026. Uma semana a mais parece pouco, mas em fim de temporada é bastante. Achei por bem sair e dar mais tranquilidade a quem está lá, como Rui Costa, muito qualificado, Muricy Ramalho, o superintendente, o presidente, tivessem mais tranquilidade na reformulação.”

Segundo ele, a sua saída não foi pedida por Casares, nem teve relação direta com o 6 a 0: “Se eu falasse que sim, estaria mentindo. O movimento foi meu. Não saí por ser culpado. Todos ganham, todos perdem. Saí para tirar o foco do presidente e ajudar no planejamento.”

O rompimento silencioso e a divergência com Casares

Ausente da maioria dos últimos jogos do São Paulo e aparentemente perdendo importância dentro do clube recentemente, Belmonte admitiu que seu distanciamento do futebol começou algum tempo atrás, após a decisão de Casares de colocar o superintendente Márcio Carlomagno com presença fixa no CT.

“Após a derrota para o Mirassol, o presidente tomou a decisão de ter um superintendente, o Márcio, com quem tenho excelente relação, mais presente no CT. A partir desse momento, que era uma decisão que eu não concordava, tomei a decisão de sair. A partir disso, passei a continuar no CT visando dar tranquilidade ao elenco como todo, porque minha relação com elenco é muito boa. A chegada de uma pessoa nova no processo gera muita desconfiança. Eu queria passar aos jogadores que o Márcio é um bom profissional, uma boa pessoa, e que eu continuaria ali dando sustentação para eles. Eu não fiz a viagem porque teve três jogos que minha esposa passou por cirurgia e fiquei com ela, contra Vasco, Flamengo e Red Bull Bragantino. Fiquei com ela no hospital. Depois não fui a um ou dois jogos, mas o Márcio já estava indo. Achava desnecessário ir um outro diretor, já que ele estava na função. Me afastei porque iria sair. Por que não saí em um primeiro momento? Porque eu me achava muito importante para dar tranquilidade ao elenco.”

Apesar das divergências, o agora ex-diretor negou qualquer conflito com Casares, Carlomagno, ou outro nome: “A transição foi tranquila. Comandei enquanto estive ali. Tenho gratidão ao Julio. Só não concordei com uma decisão específica, mas ele é o presidente. Saí de forma clara e transparente. O grupo é muito comprometido. Tenho orgulho. Claro que gera desconforto, eu era muito próximo de todos. Mas esse elenco é bom, vai abraçar o Márcio, o Rui, o Muricy. Disse a eles que a derrota histórica some com duas vitórias. O que fica é a conquista da Copa do Brasil.”

Belmonte será o próximo presidente do São Paulo?

O “sumiço” de Carlos Belmonte gerou, em um primeiro momento, comentários de que isso aconteceu pelo fato dele querer ser o próximo presidente do clube, o que poderia não ter agradado muito Julio Casares.

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Quer virar presidente? Após sair do São Paulo, Carlos Belmonte revela se deseja virar presidente: ‘Posso avaliar’

Após deixar cargo de diretor, Belmonte pensa em ajudar o clube como conselheiro

À ESPN, ele explicou a situação, revelando que não se considera um candidato, mas deixou claro que isso pode mudar, visto que a eleição está marcada apenas para o fim de 2026.

“A questão política sempre desgasta. O presidente Julio tem toda razão quando ele diz que quer que isso comece em março, termine em junho, porque qualquer decisão política neste momento atrapalha a gestão dele. Ele tem que ver do lado dele qual o melhor caminho. O melhor caminho é quanto mais tarde definir um candidato melhor para a gestão dele. As conversas políticas acontecem, falta um ano, não há candidatos. Muitos possíveis candidatos de boa qualidade, gente muito boa, vão conversando. Não vejo problema nisso. Não sou candidato. Imagino um candidato para o São Paulo. Tem que ser alguém com boa experiência de vida, de resultados na sua vida profissional, bem sucedido profissionalmente, que tenha bom resultado, que tenha conhecimento histórico do São Paulo. Eu me encaixo nesse perfil? Sim, me encaixo. Mas, como eu, tem mais 30, 40 conselheiros nesse perfil, de forma muito tranquila. Não sou candidato porque ninguém é candidato de si próprio. Isso em algum momento vai surgir, o debate vai surgir e vão se chegar aos nomes que disputarão a presidência. Tem de ter muita calma. Eventualmente posso ser candidato no futuro. Mas neste momento não penso nisso. Neste primeiro momento minha preocupação é me dedicar para minha família. Depois, se meus pares, ao longo do próximo ano, acharem que eu sou um bom nome… Aí vou avaliar se eu devo ou não ir para esse caminho. Neste momento sou só um conselheiro que buscará ajudar o presidente Julio no máximo que puder para que ele termine a gestão da melhor forma, torcendo para que o São Paulo tenha um ano de 26 melhor que de 25”, encerrou.

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