O número de pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) aumentará em 111% até 2060. O dado faz parte de uma previsão do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anexada ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026.
Segundo a previsão do governo, a quantidade de beneficiários deve saltar de 6,7 milhões em 2026 para 14,1 milhões em 2060. O BPC é um tipo de aposentadoria paga a idosos que não têm direito à previdência social e a pessoas com deficiência.
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Levando-se em conta que o valor pago pelo BPC é de um salário mínimo, o governo prevê que os atuais R$ 133,4 bilhões usados para custear o programa passarão para R$ 1,5 trilhão no período.
Em 2026, de acordo com as projeções do MDS, o Brasil terá 2,7 milhões de idosos e 3,9 milhões de pessoas com deficiência recebendo o BPC.
Os dados do governo sobre o BPC foram publicados em uma reportagem do jornal O
Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira, 23.


Congresso derrubou veto do governo que dificultava acesso ao BPC
Na semana passada, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, demonstrou preocupação com a derrubada do veto presidencial sobre o BPC.
No dia 17 de junho, o Congresso Nacional derrubou 12 vetos presidenciais, dentre eles, o veto total ao projeto que dispensa o aposentado por invalidez e quem recebe o BPC de passar por revisão médico-pericial. Na prática, o projeto facilita o acesso ao benefício.
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Envelhecimento da população
Os dados do MDS ainda mostram que, em 2045, o BPC terá mais pessoas com deficiência do que idosos recebendo o benefício. No ano seguinte, em 2046, cada grupo terá cerca de 5,5 milhões de cadastrados.
Entretanto, o quadro deverá virar nos anos subsequentes em decorrência do envelhecimento da população. Em 2060, serão 7,9 milhões de idosos e 6,2 milhões de pessoas com deficiência recebendo o benefício.