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biosseguridade e recria fazem a diferença

Com o Brasil ocupando a quinta posição no ranking mundial de produção de ovos, a qualidade do produto final se torna cada vez mais estratégica para a competitividade do setor. Segundo a médica-veterinária Jeniffer Pimenta, especialista em postura comercial com atuação nacional e internacional, a base para alcançar bons resultados está em duas frentes: biosseguridade bem estruturada e recria tecnicamente conduzida.

“A fase de recria é onde se forma o sucesso da produção. É ali que se desenvolve a base fisiológica e imunológica da ave para o resto do ciclo”, afirma a especialista.

Jeniffer PimentaJeniffer Pimenta
Imagem cedida por Jeniffer Pimenta

Controle sanitário contínuo é chave para manter a produtividade

Na prática, a biosseguridade envolve um conjunto de ações sistemáticas que visam impedir a entrada e a propagação de agentes patogênicos nas granjas. Entre os pontos críticos estão:

  • Barreiras físicas e controle de acesso de pessoas e veículos
  • Programas de desinfecção e limpeza constantes
  • Monitoramento de pragas (roedores, moscas, ácaros)
  • Protocolos de vacinação adaptados ao cenário epidemiológico

Jeniffer destaca que o sucesso da biosseguridade depende da repetição e consistência das rotinas diárias.

“Fazer o básico bem feito todos os dias é o que protege o plantel. Não há espaço para falhas”, alerta.

Vacinação sob medida: aliada da imunidade e da rentabilidade

O uso de vacinas autógenas — desenvolvidas especificamente para os microrganismos presentes em determinada granja — tem ganhado espaço como uma ferramenta de alta eficácia. Essas vacinas são customizadas após análise laboratorial e permitem uma resposta imune mais precisa diante de surtos locais.

Além disso, vacinas comerciais são aplicadas conforme protocolos técnicos que consideram fatores como pressão de infecção regional, fase da ave e histórico sanitário da propriedade.

Recria: onde a qualidade realmente começa

Embora o foco da produção de ovos esteja na fase de postura, é na recria que se define o potencial produtivo da ave, segundo Jeniffer. O acompanhamento de ganho de peso, desenvolvimento ósseo e resposta imunológica são fundamentais para alcançar altos picos de produção e persistência de postura.

“Produzir ovos é consequência. Preparar a ave corretamente é a origem do sucesso”, resume.

A especialista destaca ainda a importância de ouvir os sinais da ave e interpretar os dados zootécnicos como forma de tomada de decisão. A cada fase — dos órgãos vitais até o acúmulo de gordura corporal — existem metas fisiológicas que precisam ser cumpridas para garantir a performance esperada.

Inovações tecnológicas ampliam o controle de qualidade

O avanço de tecnologias de triagem automatizada de ovos já permite identificar defeitos como microtrincas, sujidades e alterações estruturais com alto grau de precisão. Equipamentos modernos, muitos com inteligência artificial embarcada, otimizam o controle de qualidade na granja.

Mais do que equipamentos, no entanto, Jeniffer reforça que a capacidade de analisar e interpretar dados é o diferencial. “A ave começa a sinalizar problemas na qualidade do ovo antes de manifestar sintomas. A leitura dos indicadores é o que garante ação preventiva e menor impacto produtivo”, afirma.

Brasil tem espaço para crescer na produção de ovos

Com consumo interno em ascensão e crescente exigência por qualidade, a produção de ovos exige profissionalismo, rastreabilidade e bem-estar animal. Jeniffer Pimenta reforça que o setor tem espaço para se expandir com base em três pilares: tecnologia, sanidade e gestão técnica.

“Cada ovo conta. Cuidar da sanidade da ave desde o início do ciclo é garantir não só produtividade, mas também segurança alimentar para milhões de brasileiros.”

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