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Boi confinado: custo em SP sobe, mas em GO cai; entenda o motivo

A 99ª edição do Informativo Mensal do Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados (ICBC), referente a agosto de 2025, aponta um cenário misto nos custos de produção. Enquanto os sistemas de confinamento no estado de São Paulo (CSPm e CSPg) registraram alta, o sistema de Goiás (CGO) manteve a tendência de queda dos últimos meses. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

Direto do campus da USP em Pirassununga, o Dr. Gustavo Sartorello, da Agroplanner, apresentou no programa Giro do Boi desta segunda-feira (15) o índice de custo do boi confinado nos estados de Goiás e São Paulo, em um formato que facilita o entendimento da composição da diária-boi.

O relatório destaca que a otimização de custos é um diferencial competitivo, especialmente para propriedades com uso intensivo de bens de capital. Clique aqui e confira o relatório na íntegra.

Custos da diária-boi em São Paulo voltam a subir

Após quatro meses consecutivos de queda, o custo da diária-boi (CDB) nos confinamentos de São Paulo subiu em agosto. O sistema CSPm registrou um aumento de 1,7%, chegando a R$ 19,89. Já o CSPg, que representa confinamentos maiores, teve uma alta de 0,6%, com o custo por diária atingindo R$ 19,70.

Em contrapartida, o sistema de confinamento em Goiás (CGO) manteve a trajetória de queda, com uma variação negativa de 0,5% em agosto. O custo da diária-boi para este sistema recuou para R$ 15,97, mantendo uma tendência de baixa desde maio de 2025.

Custo nutricional continua sendo o principal fator

A análise da composição do CDB em agosto reforça que a maior parte dos custos está no componente nutricional. Os custos de alimentação representaram 80,5% do CDB no sistema CSPm, 84,4% no CSPg e 82,6% no CGO.

Em termos de valores, o componente nutricional custou R$ 16,01 no CSPm, R$ 16,63 no CSPg e R$ 13,19 no CGO. O custo operacional, por sua vez, representou entre 15,6% e 19,5% do total.

O relatório enfatiza que a distinção entre esses componentes é crucial para decisões estratégicas, tanto na formulação de dietas quanto na gestão operacional.

Flutuação de preços dos insumos afeta os resultados

As variações nos custos são atribuídas à dinâmica dos preços dos ingredientes da dieta. Em São Paulo, alguns insumos recuaram, como a polpa cítrica (-8,0%), o caroço de algodão (-4,7%) e a ureia pecuária (-9,5%).

No entanto, o sorgo e o farelo de soja subiram 5,6% e 1,4%, respectivamente. Em Goiás, houve quedas na casca de soja (-2,5%), caroço de algodão (-18,9%) e ureia pecuária (-9,5%). Por outro lado, o sorgo (+1,8%), milho (+1,3%) e farelo de soja (+4,8%) registraram alta.

Rentabilidade e a importância da gestão

Apesar da alta de 3,3% no valor do boi gordo em São Paulo (R$ 305,65/cabeça) e em Goiás (R$ 287,80/cabeça), o relatório aponta para um cenário de prejuízo nos três sistemas analisados ao confrontar o custo total com o valor comercializado pelo produtor.

O prejuízo estimado foi de R$ 23,05 por arroba para o CSPm, R$ 21,00 para o CSPg e R$ 8,10 para o CGO. O documento conclui que “lucro não é destino, é método”.

Ele ressalta a importância de medir custos com rigor, o que permite agir com clareza e transformar oportunidades em resultados. O sucesso, segundo o relatório, não vem da sorte, mas de quem domina os custos e conhece os próprios números melhor que o mercado.

A equipe do ICBC disponibiliza uma planilha gratuita de custos detalhada e a metodologia de cálculo para auxiliar os produtores. Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi.

A equipe do ICBC disponibiliza uma planilha gratuita de custos detalhada e a metodologia de cálculo para auxiliar os produtores. Clique aqui e confira o relatório na íntegra.

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