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bois confinados representam 31,7% dos animais destinados ao abate em 2025

A pecuária intensiva brasileira registrou avanços importantes em 2025. Dados da Scot Consultoria, levantados na expedição Confina Brasil, mostram que houve um crescimento médio de 18,4% no volume de animais terminados em confinamento neste ano em comparação com 2024. O estudo analisou 184 propriedades, responsáveis por 2,6 milhões de cabeças destinadas ao abate, o equivalente a 31,7% de todo o gado confinado de 2025, consolidando o peso estatístico da amostra.

A expedição percorreu 30 mil quilômetros de norte a sul do país ao longo de quatro meses. No total, mais de 3,4 milhões de cabeças de gado foram mapeadas, compondo o Benchmarking Confina Brasil 2025, relatório gratuito que reúne informações técnicas, econômicas e produtivas dos sistemas intensivos observados.

O documento detalha o perfil das propriedades, os modelos de intensificação adotados — como confinamento convencional, sistemas semi-intensivos e estações de pré-embarque — além de dados sobre infraestrutura, nutrição, mão de obra, manejo de dejetos e uso de tecnologias.

A pesquisa evidencia também a profissionalização da gestão nos sistemas intensivos. Entre as propriedades visitadas, 41,4% acompanham seus custos de produção de forma integrada e 85,9% utilizam algum tipo de consultoria ou assessoria especializada. Outro ponto de destaque é a incorporação gradual de ferramentas digitais e softwares de gestão, que reforçam a busca por eficiência e precisão nas rotinas operacionais.

Os indicadores zootécnicos refletem ganhos consistentes de produtividade, especialmente na redução da idade de abate. A idade média de saída dos machos ficou em 23,5 meses, enquanto as fêmeas alcançaram média de 19,9 meses, evidenciando maior precocidade nos sistemas intensivos.

Em relação aos custos de produção, o benchmarking reúne informações sobre gastos nutricionais, sanitários e operacionais, assim como dados da reposição e do boi gordo. Esse conjunto permite avaliar como a variação dos preços de mercado influencia a diária do confinamento e, por consequência, sua rentabilidade. A pesquisa mostra ainda que mais de 70% das propriedades que confinam também têm área de lavoura e mais da metade delas adota sistemas integrados de produção, como Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Isso reforça a importância da agricultura como suporte para reduzir custos com alimentação e dar maior autonomia ao sistema.

Além dos dados de 2025, o relatório apresenta perspectivas para 2026, considerando o comportamento do mercado, os desafios dentro e fora da porteira e o cenário de preços dos insumos e da reposição. A Scot Consultoria destaca que o benchmarking se consolida como ferramenta estratégica para pecuaristas, consultores, técnicos e empresas que buscam entender a radiografia da pecuária intensiva e suas particularidades regionais.

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