O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira, 30, que não tem relação com as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Jornalistas que o abordaram na saída da sede do PL, em Brasília, ouviram de Bolsonaro a resposta: “Não tenho nada com isso”.
O nome do político aparece no comunicado oficial que a Casa Branca divulgou. O documento afirma que tanto o governo de Lula da Silva quanto o STF promovem uma “perseguição política” contra o adversário. Alerta, da mesma forma, para o risco de comprometimento da legitimidade do processo eleitoral brasileiro.
Tratamento a Bolsonaro causou “colapso” no país
“A perseguição política, por meio de processos forjados, ameaça o desenvolvimento ordenado das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil, inclusive minando a capacidade do Brasil de realizar uma eleição presidencial livre e justa em 2026”, diz o texto.
O comunicado acrescenta que o tratamento dado a Bolsonaro “contribui para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil”. Destaca da mesma forma a prática de abusos de direitos humanos com motivação política.


As sanções que Moraes recebeu, com base na Lei Magnitsky, permite ao governo norte-americano punir autoridades estrangeiras com envolvimento em violações de direitos humanos. Segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, eventuais bens ou investimentos do ministro no país sofrerão bloqueios. Apura-se, contudo, se o ministro possui contas, propriedades ou ativos em território norte-americano.
O magistrado é relator de processos envolvendo Bolsonaro, incluindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. Por decisão de Moraes, o ex-presidente está submetido a medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, retenção do passaporte e restrições de circulação.
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