O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, comentou a suspensão do Twitter/X no Brasil durante um ato de campanha no bairro Jardim das Flores, zona sul da cidade, neste sábado, 31. Já o candidato à prefeitura Guilherme Boulos (Psol) defendeu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A censura é sempre algo que vai em desencontro à nossa democracia”, disse Nunes. “O Brasil entra agora como o sétimo colocado numa lista de países que acabaram excluindo o Twitter/X. Não podemos concordar de forma nenhuma. A gente preza pela democracia, pela liberdade de expressão.”
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Nunes está alinhado ao discurso de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que criticam a decisão do ministro de Moraes, responsável pela suspensão do Twitter/X desde a madrugada deste sábado, 31. As informações são do jornal Gazeta do Povo.
Pelas redes sociais, Nunes compartilhou uma publicação do deputado estadual André do Prado (PL-SP) destacando a importância da liberdade de expressão. “A liberdade de expressão é um direito fundamental que deve ser preservado”, declarou.
“Qualquer medida que possa limitar o livre pensamento e a manifestação de ideias é extremamente prejudicial”, escreveu Prado. “A democracia se fortalece quando há respeito às divergências e à pluralidade de vozes. Vamos continuar vigilantes para que nossos direitos sejam sempre respeitados.”
Boulos demonstra apoio à suspensão do Twitter/X
Por outro lado, o candidato à prefeitura de São Paulo pelo Psol, Guilherme Boulos, defendeu a suspensão do Twitter/X no Brasil, chamando o empresário Elon Musk de “alucinado de extrema direita”. As declarações foram feitas durante um evento de campanha no Itaim Paulista, zona leste da capital.
Boulos apoiou a decisão de Moraes, afirmando que grandes corporações não estão acima das leis brasileiras. “Uma grande corporação, uma big tech, ainda mais uma presidida por um alucinado de extrema direita como Elon Musk não está acima das leis brasileiras. A lei foi cumprida”, completou.
Além disso, Boulos defendeu a regulação das redes sociais por meio do projeto de lei 2630, conhecido como PL das fake news. “O Brasil não é terra sem lei”, disse. “Eu fui a favor, desde o princípio, como deputado federal, do PL das fake news.”
O PL foi aprovado no Senado em 2020, mas enfrenta resistência na Câmara. Em abril do ano passado, os deputados aprovaram um requerimento de urgência para a votação no plenário, mas o mérito não foi votado. Neste ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para aprimorar o texto, mas ainda não houve reuniões.