A BR-242 e outras cinco rodovias federais receberão 100% de cobertura de telefonia e internet móvel. De acordo com o Ministério das Comunicações, a previsão é de que até 8 mil quilômetros de trechos desassistidos sejam contemplados.
As diretrizes para o novo leilão das subfaixas de radiofrequência de 700 MHz foram publicadas nesta segunda-feira (14), na Portaria MCom nº 18.902/2025.
Juntas, as BRs 101, 116, 135, 163, 242 e 364 representam 26% da malha rodoviária federal e têm um tráfego diário de 6,7 mil veículos.
A BR-242 é uma das principais vias de acesso e escoamento da produção agropecuária do Matopiba e do Centro-Oeste do país. Ao todo, são 2.311 quilômetros de extensão, que vão da Bahia até o Mato Grosso.
De acordo com o governo, a BR-101 deverá ter 100% de cobertura ainda em 2026. Esses locais, hoje invisíveis para as operadoras tradicionais, terão prioridade na nova licitação.

“Este leilão é estratégico para o Governo Federal. Ao levar internet onde ela ainda não chega, promovemos cidadania, desenvolvimento econômico e justiça social. É um modelo que prioriza a população e reforça nosso compromisso com a inclusão digital e a competitividade no setor”, disse o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.
As diretrizes do novo leilão de radiofrequências foram cuidadosamente definidas, com um modelo não arrecadatório com foco em contrapartidas, para garantir que o valor das outorgas seja revertido diretamente em investimentos para expansão e prestação de serviços de telecomunicações.
Contrapartidas
Um dos pontos de destaque das contrapartidas é o foco na ampliação da cobertura de banda larga móvel, com tecnologia 4G ou superior, especialmente em áreas sem atendimento comercial pelas grandes operadoras.
Com isso, a expectativa é que, cerca de 800 mil pessoas de 500 pequenas localidades sejam finalmente atendidas.
A proposta estabelece também obrigações de atendimento para usuários visitantes de outras prestadoras, o que amplia o alcance da cobertura e assegura o roaming para interoperabilidade entre as operadoras.
O Ministério das Comunicações informou ainda que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), também deverá dialogar com o Tribunal de Contas da União (TCU) antes da publicação final do edital.
Por fim, a meta da Anatel é lançar o certame até o fim do segundo semestre deste ano, com os primeiros compromissos de cobertura já sendo atendidos a partir de 2026.
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