Após duas temporadas frustradas no Phoenix Suns, Bradley Beal está de casa nova na NBA. O ala-armador três vezes All-Star rescindiu seu contrato e acertou com o LA Clippers por US$ 11 milhões (cerca de R$ 71 milhões) por duas temporadas — um valor significativamente menor do que o que vinha recebendo.
Para efeito de comparação, o contrato anterior de Beal com os Suns era de US$ 251 milhões por cinco anos, o que dava uma média superior a US$ 50 milhões anuais. Agora, o jogador aceitou ganhar quase dez vezes menos para ter um papel importante em um time competitivo e com chances reais de brigar por título no Oeste.
O acordo com os Clippers ainda inclui uma player option para a temporada 2026-27, o que pode fazer de Beal um dos grandes nomes disponíveis na free agency do ano que vem.
Beal, de 32 anos, optou por abrir mão de US$ 13,9 milhões dos US$ 110 milhões restantes em seu contrato com os Suns para viabilizar a rescisão. Segundo a ESPN, a prioridade do jogador e de seu agente, Mark Bartelstein, era encontrar um time em que ele se encaixasse melhor esportivamente — e não necessariamente financeiramente.
Além dos Clippers, equipes como Miami Heat, Milwaukee Bucks, Minnesota Timberwolves e Los Angeles Lakers também tentaram a contratação nas últimas semanas.
No Clippers, Beal formará um trio com Kawhi Leonard e James Harden, além de integrar um elenco que já conta com o recém-contratado Brook Lopez e o reforço John Collins, adquirido em uma troca com o Utah Jazz. Beal chega para substituir Norman Powell, negociado com o Heat.
Números e retrospecto
Bradley Beal registrou médias de 17,6 pontos, 4,3 assistências e 3,8 rebotes com os Suns, com aproveitamento de 50,5% nos arremessos de quadra e 40,7% nas bolas de três pontos. No entanto, as frequentes lesões e a performance abaixo das expectativas do elenco recheado de estrelas em Phoenix comprometeram os planos. Beal disputou apenas 106 dos 164 jogos possíveis nas últimas duas temporadas.
Antes dos Suns, Beal defendeu o Washington Wizards por 11 temporadas, onde se tornou ídolo. Foi eleito para três All-Star Games (2018, 2019 e 2021) e para o terceiro time All-NBA em 2021.