StoneX aponta aumento nas compras de fosfatados e nitrogenados, com destaque para SSP e sulfato de amônio
Publicado: 28/08/2025, 04:29

Brasil se destaca como um dos maiores importadores globais de fertilizantes. –
As importações de fertilizantes seguem em alta no Brasil em 2025. De acordo com a StoneX, os volumes adquiridos entre janeiro e julho deste ano superaram com folga os registrados no mesmo período de 2024.
As compras de fosfatados, como MAP, SSP, TSP e NP, cresceram quase 20%, enquanto os nitrogenados — ureia, SAM e NAM — avançaram 12%. A consultoria aponta que a maior procura por fertilizantes menos concentrados deve sustentar o ritmo elevado das importações ao longo do ano.
Como esses produtos possuem menor quantidade de nutrientes por tonelada, sua aplicação exige volumes mais robustos para atender às recomendações por hectare, fator que ajuda a explicar o salto nas compras externas. Segundo Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, o movimento reforça o papel do Brasil como um dos maiores importadores globais de fertilizantes e um destino estratégico para exportadores internacionais.
“Esse cenário está diretamente ligado às condições do mercado internacional. A oferta global de fosfatados de alta concentração, como MAP e DAP, segue restrita. A China manteve limitações às exportações e a forte demanda da Índia ampliou a pressão altista, resultando em preços elevados e nas piores relações de troca dos últimos anos”, explica.
MUDANÇAS – Entre janeiro e julho de 2025, o Brasil importou 2,1 milhões de toneladas de MAP, um recuo de 7,6% em relação a 2024. Em contrapartida, o SSP avançou 19% e o NP disparou cerca de 60% no comparativo anual.
No mercado interno, a combinação de preços firmes e relações de troca pouco atrativas frente a milho e soja levou importadores a buscar alternativas com melhor custo-benefício. O SSP, em alguns momentos, apresentou condições mais competitivas.
“Ou seja, diante desse cenário, a demanda brasileira se voltou para produtos capazes de atender às necessidades dos agricultores, contornando os preços elevados e a oferta restrita de fosfatados de alta concentração”, reforça Pernías.
NITROGENADOS – No mesmo período, as compras de ureia somaram 3 milhões de toneladas, queda de cerca de 15% frente a 2024. Já o sulfato de amônio, de menor concentração de nitrogênio e frequentemente usado para complementar ou substituir a ureia, registrou alta de quase 70% em relação ao ano anterior.
Com informações de: Agrofy News.