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Brasil domina ataque da Argentina e é campeão da AmeriCup

O Brasil é pentacampeão da AmeriCup! A seleção venceu a Argentina por 55 a 47 e conquistou o continente pela quinta vez.

O troféu não ficava em solo brasileiro desde 2009. Na última edição, disputada no Recife, os argentinos frustraram a torcida da casa e venceram os brasileiros. A vingança chegou em Manágua, capital da Nicarágua, três anos depois.

O placar baixo dá o tom da partida. O Brasil soube anular as principais peças ofensivas da Argentina e segurou o ritmo de jogo ao controlar as posses e manter as ações no melhor andamento possível para as características dos convocados.

Yago, Georginho, Lucas Dias e Caboclo mais uma vez foram os grandes nomes da partida, ao lado de Gui Deodato o grande nome do primeiro período. A Argentina teve um aproveitamento muito ruim do perímetro, precisando de arremessos sem grande equilíbrio, diminuindo os acertos. Os únicos bons momentos dos hermanos aconteceram após os vários rebotes ofensivos coletados ao longo do jogo. De resto, foram muito bem neutralizados pela defesa brasileira.

A conquista da AmeriCup, embora não classifique para o Mundial, renderá pontos importantes para o Brasil no ranking da FIBA, devendo voltar ao top 10, talvez até um top 7. O feito é importante para deixar a seleção em melhores condições nos sorteios dos grupos do Mundial e das Olimpíadas.

O Brasil começou com uma defesa forte, fechando as ações no garrafão, forçando erros e aproveitando os pontos em contra-ataque. A Argentina respondeu espaçando os arremessos, com chutes para três pontos e longos para dois. As seleções trocaram algumas cestas, mas o Brasil passou a ter dificuldades para atacar no 5×5. Só que a Argentina também parou de pontuar, permitindo aos brasileiros manterem a liderança, ainda que por apenas um ponto.

A segunda parcial foi ainda mais travada que a inicial. A primeira cesta de quadra demorou mais de quatro minutos para acontecer, mantendo o placar baixo. Mas o Brasil teve uma ‘boa notícia’: o pivô Fernandez, principal jogador argentino na competição, cometeu três faltas rapidamente e precisou ser substituído. A seleção brasileira conseguiu pontuar nos chutes do perímetro saindo do bloqueio, sem marcação, com Benite e Yago. A diferença chegou aos seis pontos, e Prigioni pediu tempo para os hermanos. A tônica do jogo, porém, não mudou, com o Brasil pontuando em transição e Argentina tentando responder nos chutes longos, sem grande sucesso. A vantagem brasileira só não foi maior por causa do baixo aproveitamento nos lances livres. No intervalo, o placar era de 24 x 31.

Na volta dos vestiários a Argentina conseguiu pontuar sob a cesta, encostando mais uma vez no placar. Mas Georginho e Yago logo responderam com duas bolas do perímetro e a diferença chegou a 10 pontos pela primeira vez na partida. A Argentina melhorou a defesa e seguiu superior nos rebotes ofensivos, criando pontos de segunda chance. O jogo tornou a esfriar, com seis pontos de frente para os comandados de Petrovic.

Os minutos finais seguiram tensos. O Brasil travou o ataque argentino, mas também pontuou pouco, embora o suficiente para voltar a ter dois dígitos de liderança, com destaque para Georginho, com cinco tocos na partida, e Alexey, que substituiu Yago e mudou o ritmo do ataque. Com menos de cinco minutos no cronômetro, o Brasil aceitou ‘cozinhar’ o jogo, gastando ao máximo as posses e desacelerando as posses adversárias.

A última cartada da Argentina foi tentar imprimir uma defesa em zona. A estratégia funcionou por algumas posses, e os hermanos ensaiaram uma reação ao diminuir a diferença para nove pontos. Petrovic pediu tempo, mas a Argentina seguiu melhor. O Brasil ficou mais de três minutos sem pontuar, e a diferença caiu para sete pontos. Mas Benite respondeu na linha dos três pontos e encaminhou o título brasileiro.

Ao final da partida, Yago foi eleito MVP da competição e também figurou no quinteto ideal, ao lado de Bruno Caboclo. O time ideal também contou com Kyshwan George (Canadá), Javonte Smart (EUA), Juan Fernandez (Argentina).

Próximos jogos

A seleção adulta volta a jogar em novembro, pelas Qualificatórias do Mundial.

Estatísticas

Brasil

  • Yago: 14 pontos e 5 assistências;

  • Bruno Caboclo: 11 pontos e 7 rebotes;

  • Gui Deodato: 9 pontos e 5 rebotes;

  • Georginho: 5 pontos, 7 rebotes e 5 tocos;

Argentina

  • Francisco Caffaro: 11 pontos e 5 rebotes;

  • Jose Vildoza: 8 pontos, 4 rebotes e 4 assistências;

  • Gonzalo Corbalan: 7 pontos e 9 rebotes;

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