O Brasil consolidou-se como um dos maiores usuários do ChatGPT no mundo. Segundo relatório divulgado nesta terça-feira, 12, pelo próprio desenvolvedor da ferramenta, o país envia cerca de 140 milhões de mensagens por dia, o equivalente a 5,6% do tráfego global.

O estudo da OpenAI intitulado “Desbloqueando Oportunidades Econômicas para o Brasil” destaca que apenas dois países superam o volume brasileiro. A pesquisa revela que 20% das interações nacionais com o chatbot tratam de comunicação escrita, como produção de e-mails, textos publicitários e documentos corporativos.

Paralelamente, outros 15% se concentram em aprendizado e 6% em programação. No ranking mundial, o Brasil utiliza mais a inteligência artificial (IA) para redação e comunicação do que a média global.

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A OpenAI não revelou o número exato de usuários brasileiros, mas informou que a plataforma já atinge 700 milhões de pessoas em todo o planeta. A taxa de adoção supera a da internet e de computadores pessoais.

Para a empresa, a IA pode sustentar o crescimento econômico de longo prazo, acelerar a transição digital e ampliar a inclusão social. O relatório, porém, não apresentou dados que comprovem impacto direto na produtividade do país.

Além dos três usos principais, aparecem ideação criativa (5%) e tradução (2%). A OpenAI também citou dados da Microsoft, investidora da empresa, que apontam otimismo em 75% das micros, pequenas e médias empresas brasileiras em relação à inteligência artificial.

No uso corporativo, o Brasil está entre os cinco países que mais exploram a interface de programação do ChatGPT para desenvolver programas personalizados. O relatório cita a varejista Bemol, segunda maior usuária nacional, e a agrícola Solinftec, que aumentou a produtividade por hectare com soluções da empresa.

O perfil etário mostra que 60% dos usuários brasileiros têm até 34 anos. Entre eles, 27% estão na faixa de 18 a 24 anos e 33%, entre 25 e 34. São Paulo concentra a maior proporção de usuários, enquanto Tocantins liderou o crescimento nos últimos 90 dias.

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Para a OpenAI, o impacto já é relevante, mesmo no estágio inicial de adoção. A companhia, avaliada em US$ 300 bilhões, afirma que a tecnologia atua como um “multiplicador de força” para o capital humano, ampliando a inovação.