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Brasil exclui EUA de evento sobre democracia em Nova York

Sanções americanas impedem participação de gestão Trump às margens da ONU, justifica governo brasileiro

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à direita

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à direita –

Sob impacto das sanções americanas, o Brasil excluiu os Estados Unidos da segunda edição do “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”. O encontro será realizado na próxima quarta-feira (24), em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

O evento é articulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em parceria com os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Espanha, Pedro Sánchez, da Colômbia, Gustavo Petro, e do Uruguai, Yamandú Orsi. A expectativa é reunir representantes de cerca de 30 países.

No ano passado, ainda sob a gestão do democrata Joe Biden, os Estados Unidos foram convidados para a primeira edição do fórum e enviaram um representante do Departamento de Estado.

A justificativa é que ações dos Estados Unidos sob Trump não cabem dentro de um evento que faz a defesa da democracia e busca uma articulação contra o extremismo no mundo. Principalmente em um momento em que Washington faz questionamentos à democracia brasileira e ataca instituições, como o sistema eleitoral e o Judiciário.

Na avaliação do governo Lula, o convite aos americanos seria uma incoerência em meio às tensões entre os dois países, que vêm se agravando desde julho.

Nesta semana, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que novas sanções serão aplicadas ao Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

O governo Trump já aplicou 50% de sobretaxa a produtos brasileiros, cancelou vistos de autoridades e sancionou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com a Lei Magnitsky.

Lula embarca neste domingo (21) para Nova York, onde abrirá os discursos da Assembleia Geral da ONU na terça-feira (23).

O evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, que ocorrerá na quarta-feira (24) pela manhã, busca uma articulação internacional em defesa das instituições e contra a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social.

Informações: CNN


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