Duas décadas depois do feito de Natália Falavigna, o Brasil tem novamente uma campeã mundial de taekwaondo.

Aos 22 anos, Maria Clara Pacheco conquistou o ouro na categoria até 57kg no Mundial de taekwondo 2025, disputado em Wuxi, na China, ao derrotar a sul-coreana Kim Yu-jin, campeã olímpica em Paris, por 2 a 0 na grande final.

Principal cabeça de chave e número 1 do ranking mundial, Maria Clara confirmou o favoritismo com uma campanha dominante. A brasileira venceu cinco lutas e não perdeu nenhum round ao longo do torneio. Desde a estreia contra a portuguesa Leonor Correia, avançou sem sustos pelas chaves até o duelo decisivo.

Campanha irretocável

Após superar Correia na estreia, Maria Clara passou pela espanhola Laura Rodríguez Marquina por 2 a 1 nas oitavas e pela norte-americana Faith Dillon nas quartas de final.

Na semifinal, venceu a chinesa Luo Zongshi, campeã mundial em 2022 e algoz nos Jogos Olímpicos de Paris, com placar de 4 a 0 — resultado que carimbou a revanche e a vaga na final.

Na disputa pelo ouro, a brasileira manteve a frieza contra Kim Yu-jin, atual campeã olímpica e vice-líder do ranking. Venceu os dois rounds e selou a conquista que coloca novamente o Brasil entre as potências da modalidade.

De bronze a ouro e número 1 do mundo

A conquista em Wuxi coroa o crescimento meteórico da atleta. Em 2023, em sua estreia na categoria adulta, Maria Clara havia ficado com o bronze mundial.

Desde então, emendou uma sequência de resultados expressivos. Em 2025, já havia vencido duas etapas do Grand Prix — em Charlotte (EUA) e Muju (Coreia do Sul) —, além de levar o ouro na Universíade e na President’s Cup das Américas, em Lima.

O ouro no Mundial é o auge dessa fase — e o segundo da história do Brasil, repetindo o feito de Natália Falavigna em 2005.

Com o ouro de Maria Clara, o Brasil soma agora 24 medalhas em Mundiais adultos de taekwondo — duas de ouro, oito de prata e 14 de bronze.