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BrasPine anuncia férias de funcionários em meio a tensão entre Lula e Trump

Medida afeta cerca de 700 funcionários em Jaguariaíva; nova tarifa norte-americana compromete exportações

Empresa citou um “cenário desafiador” para justificar a suspensão temporária das atividades

Empresa citou um “cenário desafiador” para justificar a suspensão temporária das atividades –

A crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos gerou seus primeiros reflexos diretos na economia dos Campos Gerais do Paraná. A empresa BrasPine, referência na fabricação de molduras de Pinus, comunicou a adoção de férias coletivas para parte de seus funcionários na unidade de Jaguariaíva. A medida foi tomada diante das recentes tarifas anunciadas pelo governo norte-americano.

Na última semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, informou a aplicação de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados, medida que entrará em vigor a partir de 1º de agosto. A decisão representa um aumento expressivo frente aos atuais 10% e atinge diretamente empresas com forte perfil exportador, como a BrasPine.

Segundo apuração, aproximadamente 700 dos 2,5 mil trabalhadores da unidade deverão ser afetados. Em comunicado interno emitido na quinta-feira (10), a empresa citou um “cenário desafiador” para justificar a suspensão temporária das atividades. Além da tarifa, a companhia enfrenta acúmulo de estoques nos armazéns locais e nos Estados Unidos, dificultando novas remessas.

A BrasPine também possui operações em Telêmaco Borba, onde a situação logística segue comprometida. A diretoria informou que está reavaliando suas estratégias operacionais e financeiras, com foco no controle de custos e na preservação de investimentos essenciais.

Em nota oficial, a empresa afirmou: “Estamos lidando com um cenário desafiador, mas mantendo o foco em um controle financeiro responsável, priorizando investimentos essenciais.”

Fundada no final dos anos 1990, a BrasPine se consolidou como uma das principais empregadoras da região, com forte dependência do mercado americano. A expectativa da empresa é que as negociações diplomáticas entre os dois países avancem, permitindo maior estabilidade no comércio bilateral e na retomada da produção.

Informações: Folha de Telêmaco 


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