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Campeão com Argentina diz que Flamengo tem ‘patamar de Real Madrid’ na América: ‘Camisa reconhecida em qualquer canto’

Racing e Flamengo decidem no El Cilindro, em Avellaneda, quem será o primeiro finalista da CONMEBOL Libertadores de 2025. O duelo também evidencia uma disparidade financeira entre os dois times, com o Rubro-Negro encabeçando a lista de elencos mais caros de toda a América.

Tricampeão continental, o Flamengo investe pesado em contratações ano após ano e se firmou como uma verdadeira potência no que diz respeito às cifras, o que impressiona até mesmo os próprios argentinos.

Campeão do mundo com a seleção argentina em 1986 ao lado de Diego Maradona no México e com passagem pelo Flamengo anos mais tarde, o ex-meia Claudio Borghi comentou sobre a disparidade envolvendo o Rubro-Negro e outros times do continente em entrevista à ESPN.

O ex-jogador foi enfático ao dizer que, se tratando de América do Sul, o Flamengo estaria em um patamar parecido até mesmo ao que o Real Madrid tem na Europa. E explicou a comparação.

“Se sairmos do Brasil – e eu não quero desrespeitar o São Paulo, Palmeiras e Santos, que são grandes clubes – isso tem muito a ver com a camisa (do Flamengo), com as cores, com o escudo. Qualquer estrangeiro reconhece imediatamente, seja no Brasil ou quando alguém passa com a camisa do Flamengo por qualquer canto da América do Sul”, disse.

“É incrível, as pessoas veem as camisas de outros clubes e têm que ver o escudo para saber de que time é, e quando veem o rubro-negro, imediatamente sabem que é o Flamengo. Assim como a sua história esportiva”, prosseguiu.

“Hoje, não sei como estão as diferentes torcidas brasileiras em relação à quantidade de torcedores, mas por títulos, forma de jogar, nome, história e por essa famosa camisa, acho que poderia ser como o Real Madrid. Só não sei se economicamente. É um dos times mais populares do mundo”.

Borghi ainda engrossou a lista com o Palmeiras que, na sua opinião, ao lado do Flamengo é o time mais respeitado pelos seus adversários no continente.

“Hoje dois times são tratados com muito respeito em toda a América do Sul: Flamengo e Palmeiras. São dois times muito poderosos”, disse.

“Não somente pelo futebol jogado, mas pelo poderio econômico. O restante dos times está muito longe do que estes dois times (Flamengo e Palmeiras) podem fazer. Quem mais se aproxima destes gastos importantes é o River Plate, que investiu muito dinheiro para um time argentino e não fez uma boa Libertadores ou no Argentino”.

‘Foi lindo estar no Flamengo’

Campeão inédito da Libertadores com o Argentinos Juniors em 1985, Borghi teve uma passagem “relâmpago” pelo Flamengo em 1989, no ano em que Bebeto deixou a Gávea para reforçar o arquirrival Vasco.

E mesmo com bagagem na Europa, passando pelo Milan de Van Basten, Maldini e cia., o meia argentino não teve vida fácil no Brasil e pouco jogou. Ainda assim, guarda grandes recordações de um time que tinha Zico, Júnior, Renato Gaúcho e outros craques.

“Eu recebi um convite, que foi muito gratificante e agradável, do Telê Santana, que era o técnico (do Flamengo) naquele momento. Eu jogava no River Plate e decidi ir para o Flamengo. Tive bons e grandes companheiros como Zico, Júnior, Leandro, Leonardo, Renato Gaúcho e outros. Não tive a oportunidade de jogar muito, o Telê Santana foi embora e decidi voltar (para a Argentina) porque vi que as condições para que eu pudesse jogar não eram as adequadas. Mas foi uma situação muito linda para mim estar no Flamengo”, disse.

“Naquele momento haviam poucos estrangeiros no Brasil, eu era o único no Flamengo. O mercado brasileiro não era tão aberto para outros países, especialmente para a Argentina. Com o passar dos anos mudou muito, jogar no Brasil tem sido muito especial para muitos jovens argentinos, alguns até mesmo sendo ídolos ou capitães dos seus times. Naquele tempo era difícil, não era tão fácil”, prosseguiu.

Borghi também lembrou da parceria com o Galinho e Junior no Flamengo, algo que deixou boas recordações para ele na carreira.

“Eu tive dois grandes companheiros no Flamengo: Zico e Júnior. Eu conseguia me comunicar com eles por que falavam italiano, então era muito mais fácil. Eu divido as pessoas em duas partes: a profissional e a esportiva. Eu sou mais novo do que eles, vi Zico e Junior jogarem muito bem na seleção brasileira, nos clubes por onde passaram. Zico não é apenas uma lenda do Flamengo e da seleção, mas também em Udine, aonde ele fez uma grande quantidade de gols”, contou.

“Junior também, jogando em diferentes posições e com muita classe. No esportivo, não tenho o que falar por que são duas lendas e na parte humana são ainda melhores. Eles me trataram muito bem, cuidaram de mim e me fizeram sentir cômodo. Estar com eles foi uma das maiores experiências da minha vida. A qualidade que o Júnior tinha como pessoa e o Zico, que foi um dos grandes artilheiros do futebol brasileiro e campeão da Libertadores, uma lenda muito importante”.

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