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Campeão do mundo com a França detona Mbappé e diz ter ‘vergonha’ de atitude do craque

A França não começou bem na Nations League. Na última sexta-feira (06), os franceses perderam para a Itália em casa, por 3 a 1, na estreia da competição. Para piorar o clima, o atacante Kylian Mbappé, que vinha sendo criticado, disse não se preocupar com o que as pessoas acham de seu desempenho.

“Estou em uma fase da vida e carreira em que já não percebo [as críticas]. Venho, jogo e tento dar o meu melhor para ajudar a equipe. O que as pessoas pensam é a menor das minhas preocupações”, afirmou. A fala do camisa 10 não foi bem recebida pelo ex-lateral Bixente Lizarazu, campeão mundial de 1998 pelo país. Ele se disse envergonhado e detonou o jogador.

“A entrevista coletiva de Mbappé me surpreendeu e me envergonhou. As palavras utilizadas foram inadequadas, não as de um líder e muito menos as de um capitão. Não pode ser insensível aos sentimentos do torcedores franceses, frustações que possam alimentar ou dúvidas que possam ter”, iniciou, em coluna publicada no L’Equipe.

“Você tem que tentar responder, dar esperanças, isso faz parte do trabalho e do vínculo emocional que deve ter com seu público”, seguiu.

Lizarazu foi além e criticou também as atuações do jogador, não apenas as falas. Mbappé tem jogado como centroavante na seleção. O próximo desafio é nesta segunda-feira (09), às 15h45 (de Brasília), contra a Bélgica, em Lyon.

“Ele já não é tão explosivo ou decisivo como era. Continua sendo um ótimo artilheiro, ótimo jogador, claro, mas não assusta como antes”, detonou.

“Está vivendo um ano difícil, que começou no PSG e continuou na seleção. Para mim, é consequência de uma situação extremamente conflituosa com seu antigo clube, onde o extra-campo prevaleceu sobre o atleta. Para mim, ser jogador também significa pensar em preservar a saúde mental”, disse, em outro trecho.

“Se você está preocupado com pensamentos externos, eles inevitavelmente terão um impacto em sua mente e você perderá força, energia, prazer. A guerra psicológica que ele e o PSG travaram teve um impacto enorme”, afirmou.

“Na época, ele destilou frases como: ‘Você acha que isso me incomoda?’. Para mim, a resposta é sim, isso o perturba, como todo mundo. E acho que é por isso que é difícil para ele ser realmente um líder neste momento, porque ele tem que, acima de tudo, se encontrar, encontrar o que fez dele um jogador único”, finalizou.

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