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Câmpus de Irati recebe exposição sobre as escolas ferroviárias

A abertura ocorreu na segunda-feira (4) e foi marcada por uma palestra da pesquisadora sobre o trabalho e o processo de curadoria

Fruto da tese de doutorado da professora Vânia Mara Pereira Machado, a coleção traz uma série de imagens históricas das escolas profissionais ferroviárias vinculadas à Rede de Viação Paraná-Santa Catarina

Fruto da tese de doutorado da professora Vânia Mara Pereira Machado, a coleção traz uma série de imagens históricas das escolas profissionais ferroviárias vinculadas à Rede de Viação Paraná-Santa Catarina –

A exposição “No caminho dos trilhos ao som do apito do trem” já está aberta para visitação no Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Fruto da tese de doutorado da professora Vânia Mara Pereira Machado, a coleção traz uma série de imagens históricas das escolas profissionais ferroviárias vinculadas à Rede de Viação Paraná-Santa Catarina.

A abertura ocorreu na segunda-feira (4) e foi marcada por uma palestra da pesquisadora sobre o trabalho e o processo de curadoria. De acordo com a professora, são mais de 80 fotografias e documentos coletados que retratam o período de criação das escolas ferroviárias, em 1933, até o encerramento das atividades, quarenta anos depois, em 1973.

“Eu me encantei pelo tema, fiquei sete anos garimpando esses materiais. As escolas ferroviárias ficavam próximas ao trilho do trem e elas formavam os filhos dos ferroviários, até para dar continuidade a essa categoria de trabalhadores que perdurou quase 100 anos na história do Brasil”, afirma Vânia, que é também coordenadora do Museu da Escola Paranaense.

Ao todo, quatro escolas ferroviárias fazem parte da exposição – duas ficavam em Curitiba, uma em Ponta Grossa e outra em Santa Catarina, na cidade de Mafra. Os registros fotográficos mostram os alunos e alunas, os prédios, as salas de aula e as mobílias utilizadas, além dos ritos escolares, como a entrega de diplomas e as exposições dos artefatos produzidos nos cursos de formação. “Vários elementos e pessoas significativas para a história da ferrovia aparecem, como por exemplo o filho do engenheiro Gutierrez, que faz parte aqui da história do bairro. Ele era superintendente da rede de Viação”, conta a docente.

Para a pesquisadora, o material também demonstra a luta para manter viva a própria rede ferroviária. “Todas essas escolas fecharam em 1973 porque, na realidade, houve uma mudança do modelo econômico no Brasil. Na década de 1970, o Estado se apropriou de um projeto rodoviário e esqueceu da ferrovia, não houve investimento para uma modernização dos trens. Então esse modelo de transporte foi decaindo e as escolas também foram tomando outro rumo”, explica.

Com informações da assessoria


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