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Candidato eleito com menor votação teve apenas 35 votos

Quase 64 mil políticos foram eleitos no Brasil em 2024, contando prefeitos, vice e vereadores. Entre os candidatos, Luiz Seringuera (MDB), de 65 anos, recebeu 35 votos, o menor número em todo o país.

A votação ocorreu em Borá, no interior de São Paulo. Com menos de mil habitantes, o município é o menor colégio eleitoral de todo o país. O vereador mais votado por lá teve 99 votos. Seu nome é Paulo Gusmão, e ele também é filiado ao MDB. Na urna e no santinho, usou apenas o apelido: Paulinho.

Ao todo, 918 eleitores compareceram às urnas nas eleições de 2024 para votar nos candidatos à Câmara Municipal local. Outra curiosidade: na cidade do candidato menos votado, apenas um político participou da eleição para comandar a prefeitura. Trata-se do prefeito Luiz Carlos Rodrigues, reeleito para o cargo sem precisar enfrentar oponentes.

A cidade do candidato menos votos

Borá tem exatamente nove vereadores — número fixado pela Constituição Federal para Municípios com menos de 15 mil habitantes. O lugar é tão pequeno que não existe nem sequer uma agência bancária. A única casa lotérica na cidade é o ponto para sacar dinheiro, por exemplo.

De modo geral, o comércio oferece poucas opções. Cerca 95% de todo dinheiro que a prefeitura paga aos funcionários por meio do cartão alimentação é gasto em Paraguaçu Paulista — uma cidade vizinha.

A lotérica é o mais próximo de uma agência bancária em Borá | Foto: Artur Piva/Revista Oeste

O único açougue de Borá, está em um imóvel da prefeitura e tem apenas um funcionário — o dono. A única farmácia particular funciona com dois empregados no pequeno barracão geminado, ao lado. Há ainda um supermercado nas imediações. Seu nome é São Paulo, mas a variedade de produtos é menor que a de uma mercearia de bairro na capital. O horário de funcionamento também é mais restrito — fecha para o almoço e ao pôr do sol, e não abre aos sábados nem domingos.

O orçamento do poder público municipal é de cerca de R$ 20 milhões por ano. Apenas R$ 500 mil são arrecadados por taxas e impostos locais, valor que não paga nem mesmo os salários dos servidores públicos. O restante é proveniente dos repasses. Essa situação está longe de ser uma exceção no país, conforme mostrou a reportagem “Pequenas prefeituras, grandes orçamentos”, publicada na Edição 236 da Revista Oeste.

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