O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) recebeu alta médica, nesta terça-feira, 5, depois de ficar hospitalizado na noite de segunda-feira, 4. Ele teve um mal-estar no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Carlos estava com a pressão arterial alterada. Foi atendido por um cardiologista e passou por exames em um hospital na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
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Segundo Moraes, o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas pela Corte. O ministro afirma que ele se utilizou das redes sociais dos filhos e de apoiadores para divulgar “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Moraes usou publicação de Carlos Bolsonaro como justificativa
Na decisão, Moraes alegou que Bolsonaro participou, indiretamente, de uma manifestação no Rio de Janeiro, no domingo 3. Durante o ato, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) colocou o pai no viva-voz para discursar ao público.
O ministro também mencionou o próprio Carlos Bolsonaro. O vereador fez uma publicação em suas redes sociais com uma foto do ex-presidente e, na legenda, pedia para que seguissem a conta “@jairbolsonaro”.
– Te amo, pai! E o Brasil também te ama.
– Hoje, o povo demonstrou mais uma vez que não esqueceu quem sempre esteve ao seu lado.
– Mesmo calado à força, mesmo injustiçado, sua imagem segure inspirando milhões.
– E nós vamos seguir lutando até o fim. Pela liberdade do nosso… pic.twitter.com/bZg5xfuR5a
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) August 3, 2025
“Em 3/08/2025, Carlos Nantes Bolsonaro, filho do réu, também realizou postagem, na rede social X, com a foto de Jair Messias Bolsonaro com o pedido para seguirem o réu: ‘sigam @jairmessiasbolsonaro’, tendo conhecimento das medidas cautelares –como a restrição ao uso de redes sociais–, impostas ao seu pai”, diz a decisão de Moraes.