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‘Casa Nostra’ resgata imigração italiana e faz turistas viverem tradições

No distrito de Pindobas, em Venda Nova do Imigrante, região serrana do Espírito Santo (ES), está a ‘Casa Nostra’, um espaço que resgata a trajetória dos imigrantes italianos. Construída nos moldes das antigas casas dos imigrantes, ela fica dentro do Sebrae/ES e transforma lembranças em experiência afetiva e cultural.

Logo na entrada, o visitante é recebido por um guia que apresenta os ambientes da casa e os objetos históricos. Um vídeo também é apresentado, para que o turista entenda o caminho da imigração italiana no Estado.

Cada detalhe do espaço transporta o público para o passado, criando uma conexão entre história e emoção.

“A ideia da Casa Nostra foi juntar a linguagem do contemporâneo com a memória e história dos imigrantes italianos”, diz Ronaldo Barbosa, curador do espaço. 

No entanto, é na sala principal que a magia começa de fato. O visitante encontra o ‘Nono e a Nona’, personagens interpretados por moradores da região. Eles discutem em voz alta, brincam, implicam um com o outro e, de repente, tudo termina em música e dança.

Quem participa acaba envolvido por esse jeito expansivo, tão característico das famílias italianas, que fazem questão de incluir todos. “O dia mais feliz da minha vida é quando eu venho para cá”, conta Maria das Graças Pimenta, uma das integrantes do elenco ‘Casa Nostra’.

Uma senhora com lenço na cabeça. Uma senhora com lenço na cabeça.
Maria das Graças Pimenta, uma das integrantes do elenco Casa Nostra.
Foto: Fabiana Bertinelli
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Uma vivência cheia de sabor

A visita passa pelo quarto, um espaço que, para os italianos, sempre foi muito reservado -, poucas pessoas tinham permissão para entrar. E antes de seguir para a cozinha, os visitantes recebem um lenço para colocar na cabeça, em respeito à tradição da colônia.

“Eu vivi com meus avôs e era desse jeito aqui: casa cheia, família grande e muita alegria” relata Adriana Zandonade, integrante do elenco.

Mulher com a polenta nas mãosMulher com a polenta nas mãos
Adriana Zandonade, integrante do elenco Casa Nostra.
Foto: Fabiana Bertinelli

E como manda a tradição, nada de ficar parado, então, o visitante são convidado a amassar o pão, mexer a polenta, modelar biscoitos e a ajudar a preparar o café, tornando a experiência ainda mais envolvente e afetiva.

“A intenção é que o turista sinta a alegria e a garra dos imigrantes”, conta Renata Agostini Vescovi, analista do Sebrae/ES.

Para participar desta experiência imersiva, os ingressos devem ser adquiridos com antecedência no Sebrae/ES ou acesse aqui.

E vem novidade por aí, em breve, o local ganhará mais um atrativo cultural: o Museu do Imigrante. “É um museu que será criado, editado e curado pelos jovens. Vamos fazer um trabalho com todas as escolas públicas, e será uma espécie de ‘cartografia do afeto’, onde as crianças vão trazer as memórias das suas casa”, relata o curador Barbosa. 

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