Em entrevista ao canal N Sports, o presidente do São Paulo, Julio Casares, admitiu que “sacrificou” o endividamento do clube para buscar “reconexão” com a torcida.
De acordo com o dirigente, os altos investimentos feitos no elenco tricolor nos últimos anos tiveram como objetivo a busca de títulos, o que foi alcançado, por exemplo, com a inédita Copa do Brasil.
O cartola ressaltou que isso teve, sim, um “custo alto” para o time do Morumbis, mas salientou que tinha que “correr o risco” durante sua gestão para que a torcida não se afastasse.
“Essa reconexão com o torcedor tem um custo alto, tem um custo competitivo alto… Mas a gente tinha que correr esse risco”, afirmou.
Casares, porém, afirmou que, na sequência de sua gestão, passou a atuar de forma a controlar gastos e reduzir o endividamento da agremiação.
O dirigente revelou, inclusive, que quer entregar o time com as contas saneadas até o centenário são-paulino, em cinco anos.
“Nós estamos recuperando o clube, dando sinais de viés de redução da dívida, viés de importantes sinais de superávit neste ano. Mas leva tempo”, alertou.
“É algo a longo prazo. Até o centenário do clube em 2030, nós imaginamos que vamos preparar o São Paulo”, acrescentou.
Segundo o presidente, esse processo passa por dois pilares: organização financeira e ação estratégica na base.
Casares citou, por exemplo, seu plano transformação da base de Cotia em um fundo de investimentos, com participação de investidores externos ao Tricolor.
O modelo prevê que o clube fique com 70% dos lucros, enquanto os investidores levam 30%.
“Esse é um projeto com muitos atrativos, mas está longe de ser algo de que estamos vendendo a base. Essa é uma narrativa com interesses políticos”, argumentou.