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Casares explica ‘pouca minutagem’ e nega venda de jovens do São Paulo por preço baixo

Muito criticado pelos torcedores, o presidente do São Paulo, Julio Casares, saiu em defesa da estratégia do clube no mercado da bola. Em entrevista exclusiva ao Arquibancada Tricolor, o dirigente afirmou que as recentes negociações fazem parte de um planejamento e explicou as supostas vendas “baratas” de jovens formados em Cotia.

Apenas nos últimos meses, o São Paulo negociou William Gomes com o Porto, Matheus Alves com o CSKA, e Lucas Ferreira com o Shakhtar Donetsk. Para parte da torcida, as transferências aconteceram por valores considerados abaixo do potencial dos garotos, que surgiram muito bem e, somados, não renderam mais de 30 milhões de euros aos cofres do clube.

Casares, no entanto, minimizou a percepção e fez questão de explicar os bastidores das operações.

“A pessoa que fala sobre preço de banana ou não conhece o preço da banana, não conhece o que é minutagem de um jogador. Vou dar um exemplo. Os jogadores que o São Paulo vendeu tinham pouca minutagem no time principal. O nosso perfil é diferente de um Palmeiras ou Flamengo, que têm elencos mais robustos e permitem que garotos entrem em um contexto mais favorável. Aqui, com contusões e elenco curto, a minutagem é menor. O preço é estipulado por minutagem e mercado. O São Paulo queria vender por mais, mas chegamos ao máximo.”

O presidente ainda lembrou a venda do atacante William Gomes, como exemplo de negociação estratégica:

“Nós vendemos por 9 milhões de libras, com 20% de direito econômico do que acontecer na vida dele. Não foi ruim. Muita gente falou que era preço de banana. William ainda não está performando e eu torço para que ele performe, porque nós temos 20%. Mas é assim, senão eu ia perder o William. Não sei se ele ia jogar e inibir a chegada de outro. E assim o Ferreira saiu agora em uma necessidade. E agora temos o Henrique. O Alves, que era meia, saiu, mas nós temos o Rodriguinho, que está sendo aproveitado. Isso é planejamento. Saiu o Alves, tem o Rodriguinho. Saiu Ferreira, tem o Henrique, saíram laterais, o Igor Vinícius, tem o Maik. O Moreira podia ter ficado? Podia. Mas ele passou num limite que não estava mais sendo utilizado pela comissão técnica. Quem escala também são os profissionais. Então, nós temos que ter esse panorama que justifica preço.”

Para o mandatário, a crítica sobre suposta desvalorização dos atletas não considera as nuances do mercado. “Às vezes as pessoas não entendem muito bem do preço de banana, muito menos o de um atleta de alta performance. O São Paulo faz planejamento e trabalha com as peças que tem.”

Existe racha entre Julio Casares e Carlos Belmonte?

Apesar do bom momento do clube dentro de campo, os bastidores do clube estão fervendo. Isso porque, dias antes do jogo decisivo contra o Atlético Nacional, uma mensagem vazada acabou movimentando os corredores do Morumbis.

Logo após o empate entre São Paulo e Sport, no último sábado, em 2 a 2, o diretor de comunicação do Tricolor, José Eduardo Martins, publicou, por engano, no grupo de imprensa do WhatsApp que conta com diversos jornalistas que cobrem o clube uma mensagem dizia o seguinte: “Vou vazar que o Boca queria emprestar de graça o Henrique e o presidente segurou” .

O atacante Henrique Carmo, revelado pelas categorias de base da equipe paulista, foi um dos jogadores acionados no decorrer do duelo com o Leão e responsável por “incendiar” o jogo, contribuindo diretamente para que sua equipe assegurasse o empate na Ilha do Retiro após sair perdendo por 2 a 0.

Na mensagem, o diretor de comunicação do São Paulo se refere ao diretor de futebol Carlos Belmonte como “Boca”, um apelido jocoso criado pela torcida para o dirigente, chamado pelos seus críticos de “boca de farofa”.

A alta cúpula são-paulina botou panos quentes sobre a situação, mas é inegável que o clima entre Belmonte e Casares não é dos melhores, confirme ficou evidenciado com frase em entrevista ao AT:

“Tenho quase 30 anos de clube e militância política, estou na metade do segundo mandato. Vejo como normalidade pessoas pretenderem. Mas o que já repeti é que pré-candidatos tenham pretensão dentro de calendário específico, porque isso pode atrapalhar o São Paulo. A pessoa pretender é um direito, mas antecipar, isso não é bom para a gestão. O torcedor quer ver mais técnica do que política. Não há um racha. Estivemos juntos no jogo. No São Paulo há uma sinergia muito grande entre a direção, executivos profissionais, diretores estatutários.”

Próximos jogos do São Paulo:

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