Em entrevista coletiva nesta terça-feira (14), o presidente do São Paulo, Julio Casares, afirmou que não quer mais ver o árbitro Ramon Abatti Abel apitando jogos do clube.
O dirigente mostrou bastante irritação ao comentar a atuação do juiz na recente derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, pelo Brasileirão, na qual Abatti Abel tomou diversas decisões polêmicas.
Casares descreveu a partida do árbitro como “péssima” e disse que teve longa conversa com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Samir Xaud, e com o chefe da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Martins Cintra, sobre o tema.
No bate-papo, o cartola deixou claro aos diretores que não quer mais Ramon em partidas do Tricolor paulista.
“Às vezes, eu escuto as pessoas falando: ‘Tal time está sem bastidor’. Todos sofrem com a arbitragem, todos sofrem com bastidor, e o bastidor é algo sigiloso, secreto… Por isso que é bastidor”, iniciou.
“Naquele momento que vimos aquela péssima atuação, não só do árbitro, mas também da equipe do VAR, nós nos dividimos: os diretores foram atender a imprensa e eu fiquei até a meia-noite conversando com o presidente da CBF, o Samir e também com o Rodrigo Cintra”, contou.
“Falei que esses erros não podem voltar a acontecer e a melhor forma não é só afastar o árbitro, treinar, etc… Eu acredito que neste caso em particular, esse árbitro e essa equipe do VAR não devem apitar mais jogos do São Paulo. Os pontos não voltarão, eram quase garantidos os três pontos, se você tem um penalti e joga com um a mais, dificilmente uma equipe consegue fazer um resultado”, argumentou.
“Nós lamentamos. A CBF tomou suas medidas, acho que conseguimos bem, o São Paulo conseguiu quebrar um protocolo da Fifa, porque queríamos ouvir os áudios, vieram e depois faltou um”, complementou.
Casares ainda disse que quer que os juízes concedam entrevistas coletivas após os jogos para explicarem suas decisões.
“Acredito que o São Paulo entrou nessa briga pelo bem do futebol e pelo bem da CBF. A saída é a profissionalização do árbitro e a renovação do quadro de árbitrso. Tem ranking para tudo, tem que ter um ranking de arbitragem”, salientou.
“Por que o árbitro não pode atender a imprensa de uma forma regulamentada, com quatro, cinco perguntas? Ele também tem que colocar a cara a tapa, senão fica fácil…”, ironizou.
“Eu erro, peço desculpas… A Federação (Paulista) me pediu desculpas quando teve na semifinal do Estadual aquele pênalti vergonhoso, mas meus pontos voltaram? A gente podia ter sido campeão. Esse tipo de coisa a gente lamenta, mas a gente tem que olhar para frente, o São Paulo agiu de forma rápida e rígida e será sempre assim nesses casos”, finalizou.