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Cassandra, a vingadora


Existe um subgênero cinematográfico que pode ser chamado de “a vingança da mulher”. O mais tosco e bem-sucedido exemplo disso é a série de filmes Doce Vingança (I Spit in Your Grave). O esquema funciona da seguinte forma: 1) mulher inocente cai numa cantada bobinha. 2) a cantada é uma armadilha e a mulher é barbaramente estuprada e espancada. 3) a mulher se recupera e parte para uma vingança brutal. Torcemos por ela, claro.

Bela Vingança (Promising Young Woman, 2020) faz parte do gênero, com muito mais sutileza e qualidade. Cassandra (Carey Mulligan) quer vingar uma amiga que sofreu um abuso durante uma festa da faculdade, quando bebeu demais, foi drogada e serviu de diversão a vários homens ao mesmo tempo, sem poder se defender. É um tipo de violência sexual que homens sem caráter definem como consensual. A amiga acaba morrendo, aparentemente por causa do ataque.

Uma vez por semana, Cassandra vai à luta. Veste-se de maneira sedutora, frequenta algum bar e finge que está completamente bêbada. Alguém tenta se aproveitar dela e acaba sofrendo algum tipo de humilhação para aprender a não ser idiota. O filme, escrito e dirigido pela inglesa Emerald Fennell, consegue ser leve e bem-humorado apesar do tema. E guarda para o espectador um final realmente surpreendente. Seu elenco tem grandes talentos em pequenos papéis: Jennifer Coolidge, Alison Brie, Molly Shannon e Alfred Molina, entre outros.

Disponível pela Amazon Prime.

O post Cassandra, a vingadora apareceu primeiro em Revista Oeste.


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