Considerado uma das maiores promessas da raça Mangalarga Marchador, o cavalo Quantum de Alcateia morreu em 25 de junho, em Atalaia (AL), com suspeita de intoxicação alimentar. As informações são do g1.
Avaliado em R$ 12 milhões, o animal apresentava excelente desempenho em torneios e forte potencial genético. Os sintomas começaram depois da troca da ração por um produto da Nutratta Nutrição Animal Ltda.
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O criatório Nova Alcateia relatou que as manifestações clínicas foram rápidas e fatais. Ao todo, 69 cavalos morreram no mesmo haras até o dia 7 de julho. A morte do animal mais valioso do grupo chamou atenção das autoridades.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as autoridades apuram 238 óbitos suspeitos envolvendo equinos em diferentes Estados do país.
A primeira denúncia oficial chegou ao governo federal no dia 26 de maio. Desde então, equipes técnicas passaram a visitar propriedades e colher amostras de rações e carcaças para análise.
No haras alagoano, técnicos do Mapa estiveram entre os dias 9 e 12 de junho. Laudos preliminares identificaram a presença de alcaloides pirrozilidínicos, especialmente a monocrotalina, em níveis considerados letais.
Caso de cavalo intoxicado pressiona governo e fabricantes
Depois dos casos registrados em Alagoas e no interior de São Paulo, o governo determinou o recolhimento de todos os produtos da Nutratta Nutrição Animal voltados a equídeos fabricados desde 21 de novembro de 2024.
A ração Forrage Horse, da mesma empresa, já havia sido proibida em 4 de junho. Até o momento, a Nutratta não se manifestou sobre o caso. Além de campeão nacional, Quantum representava um modelo comum no mercado de cavalos de elite: o consórcio de acionistas.
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O proprietário Luciano Conceição, um dos sócios, classificou o animal como “o mais espetacular da raça” e lamentou a perda irreparável. O haras publicou nota afirmando que não poupará esforços para responsabilizar os envolvidos e impedir novas tragédias.