Imagens de satélite analisadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que as centrífugas da instalação nuclear de Fordow, no Irã, estão fora de operação depois dos bombardeios realizados pelos Estados Unidos, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira, 26.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, detalhou que, depois de examinar as imagens, a agência pôde estimar com precisão os impactos dos ataques. Ele explicou à rádio Radio France Internationale que “com base em imagens de satélite, podemos tirar conclusões bastante precisas sobre as consequências do bombardeio”.

Grossi ressaltou que o poder dos explosivos, aliado à sensibilidade das centrífugas, levou à paralisação do equipamento.

“Dado o poder dessas bombas e as características técnicas das centrífugas, sabemos que elas não estão mais operacionais, simplesmente por causa da vibração, que causa danos físicos consideráveis ​​e importantes”, afirmou.

Diretor-geral da agência tem conhecimento sobre a usina de Fordow

O dirigente acrescentou que conhece de perto a estrutura do complexo de Fordow, composta por túneis e setores específicos.

“Conheço a usina muito bem, é uma rede de túneis com diferentes tipos de atividade. O que vimos nas fotos corresponde mais ou menos à sala de enriquecimento, foi isso que foi atingido”, explicou Grossi.

As ofensivas norte-americanas, no último fim de semana, atingiram três centros nucleares: Fordow, Natanz e Isfahan.

Irã diz que usinas nucleares foram ‘gravemente afetadas’ por bombardeio dos Estados Unidos

Na quarta-feira 25, o porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghaei, disse à emissora Al Jazeera que as usinas foram “gravemente danificadas”, mas não detalhou quais locais foram atingidos nem se houve vazamento de material radioativo. Segundo ele, o caso está sendo analisado por órgãos técnicos.

Na quarta-feira 25, em resposta aos ataques, o parlamento do Irã decidiu interromper a cooperação com a AIEA. O órgão foi acusado de favorecer Israel.

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