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Charles do Bronx reclama de mudança de rival em cima da hora no UFC Rio, mas confia: ‘Luta não passa do primeiro round’

Chegou o grande dia. Neste sábado (11), na luta principal do UFC Rio, Charles do Bronx, um dos maiores nomes da história do MMA, colocará à prova o seu legado contra o polonês Mateusz Gamrot.

Conversando com exclusividade com a reportagem da ESPN, o ex-campeão dos dos leves (70 kg) abriu o jogo sobre tudo, desde a recuperação física após sua última luta, quando foi nocauteado por Ilia Topuria, a emoção de voltar a lutar no Brasil, sua preparação, a surpresa que teve com a contusão de Rafael Fiziev, que seria seu adversário, mas por conta de uma lesão acabou sendo substituído por Gamrot e esbanjou confiança em reencontrar o caminho das vitórias.

Durante o bate-papo, Charles não ficou em cima do muro e reclamou da mudança de rival em cima da hora. No entanto, cravou a vitória e ainda em tempo rápido: “A luta não passa do primeiro round”.

Confira a entrevista completa:

P: Como foi a sua preparação para a luta?

“Cara, a preparação, o trampo, foi tudo 100%. Eu estou muito feliz, estou muito bem. É um sonho poder voltar depois de tanto tempo sem lutar no Brasil, lutar de frente para a minha bandeira, no meu país. Então, estou feliz demais com tudo que vem acontecendo.”

P: Mudança de oponente em cima da hora atrapalhou?

“Eu luto MMA. Ia lutar contra um cara que não ia pensar de nenhuma forma entrar nas minhas pernas, e agora a gente vai lutar com um cara que só vai fazer isso o tempo inteiro. Mas eu sou um lutador completo, sou oriundo do chão, sou faixa preta de jiu-jitsu. Então, de verdade, vai ser uma grande luta. Atrapalhar não atrapalha, a gente estava focado completamente em uma luta, e a gente teve quinze dias para mudar a estratégia dela. Mas, de verdade, eu estou 100% pronto.”

P: O que está esperando encontrar na arena?

“Estou feliz de estar lutando no Brasil, de poder lutar aqui no Rio. Com certeza com essa energia do público, isso aí com certeza vai impulsionar a gente para frente. Feliz demais de poder fazer parte desse card gigantesco. E é isso, fazer com que a torcida fique feliz da mesma forma que eu também quero que eles fiquem felizes, eu também quero estar muito feliz.”

P: Está 100% recuperado pós-nocaute do Topuria?

“Eu não acho, eu tenho certeza. Acho que, na realidade, cada um pensa de uma forma. Eu quero voltar a lutar o quanto antes, o que passou, passou, independentemente se eu tivesse perdido ou se eu tivesse vencido. Já passou, agora é uma nova fase, dia 11 de outubro, esse é o foco.”

P: Após tantos recordes, o que ainda te motiva no UFC?

“Cara, na realidade, eu quero continuar quebrando meus recordes, continuar fazendo história. Ter a oportunidade de disputar o cinturão BMF, me tornar campeão de novo. Eu acho que seu eu falar: não, está tudo certo, está tudo bom, não tem porque eu estar fazendo aqui. Então, eu quero continuar fazendo história, continuar trabalhando cada vez mais o meu nome, continuar crescendo e evoluindo.”

P: O Gamrot disse que quer testar seu grappling. O que pensa disso?

“O que todo mundo tem que entender é que não é que ele quer testar o grappling, ele só faz isso, essa é a real. Então, não é que ele quer testar, ele não vai mudar a estratégia. Ele só faz isso. Mas de verdade, eu sou o maior finalizador da história do Ultimate, o chão é minha casa, o chão é minha base. De verdade, vai ser uma grande luta.”

P: Deu sorte de não ter que pegar o Fiziev depois de um nocaute?

“Queria eu ter sorte de achar R$ 1 milhão jogados no chão. Acho que na realidade, assim, eu não sei quais que são os encaixes que eles pensam. Lógico, o Fiziev é um cara duríssimo, não vou falar: ah, não, foi sorte. Depois que fecha o cage não tem sorte. É aquele que treinou, aquele que trabalhou, aquele que se dedicou, essa é a realidade. Pro Fiziev, eu estava treinando igual um louco, para um cara que é pegador, é um cara que se movimenta em pé. É um cara que defende bem as quedas. Mas, de verdade, eu estava muito pronto. Então, para essa luta, quer dizer que essa luta é mais fácil para mim? Não existe isso, não existe uma luta fácil, existe o cara que está lá dentro, se dedicou, que fez por onde, que está procurando por onde, essa é a real.”

P: Como é a sua relação com o UFC depois de todos esses anos?

“Cara, eu não sei como que é com os outros, eu sei que a minha é bem boa. A minha relação com o UFC é boa, com todo mundo que está aqui, sempre fui muito bem tratado. Então, eu não posso falar sobre os outros. Mas sobre mim, é muito boa, sempre estou trabalhando grandes coisas, fazendo grandes coias. Então, eu sou feliz com o Ultimate.”

P: Surgiram boatos que você havia recusado alguns rivais…

“Na realidade, se eu falo “ô”, aí vai sair “a”. Entendeu, essa é a realidade. Então, assim, você estava focado para um cara, eles te mandam 300 nomes. De 300, só um aceita. Porque muita gente só falou na internet. Não é que: “ah, eu não quis lutar com ele”. Não, na realidade eu sou contratado do UFC, sou empregado da Zuffa. Da minha divisão, qualquer um que eles colocarem para eu lutar, eu vou lutar. Não faz diferença se é ou se não é. A realidade é que a pergunta foi feita para mim de uma forma, e eu respondi essa pergunta: “você lutaria com fulano do jiu-jitsu?”. Sim. “Mas, pô, você está focado em um cara do wrestling”. É outra pergunta, perguntas completamente diferentes. Então, me fizeram uma pergunta sobre a troca de adversários, eu estava treinando para um cara, que era um cara que nunca ia entrar nas minhas pernas, contra o Gamrot, que é um cara que vai me botar para baixo, como que seria, o que que seria? Eu falei: Cara, completamente diferente, eu estou focado em um cara assim, assim, assado, e não o outro. E aí soltaram na internet que eu não queria lutar com ele. Ele aproveitou o hype e jogou na bola. Mas se eu não quisesse lutar com ele eu não estava aqui hoje.

P: Você parece ter mudado a sua postura e está falando mais dos outros atletas. Porque isso aconteceu?

“Eu nunca vou mudar o meu jeito de ser com quem eu vou lutar. Eu fico p* na realidade com um cara que vai na internet, fala um monte de coisa. Aí, a mídia, desculpa falar assim, mas aquilo que você joga, é aquilo que a mídia vai falar. Se você faz uma pergunta para mim, eu te respondo de um jeito, e você coloca daquela forma, é do jeito que a mídia vai.. do jeito que quem está vendo, o espectador que vai ver, vai falar: então você vai lá, pega o seu microfone, ou você vai lá do seu telefone, não importa, e você fala um monte de coisa, principalmente no hype que está, que a luta caiu. Meu nome estava lá em cima. E aí, quando o UFC liga: ah, eu não posso porque… ah, sei lá, eu não posso porque, é pouco tempo. Então não pega a porra do telefone e pede a luta se você não vai fazer, principalmente porque quando caiu a luta, tem eu que estou desse lado de cá e tem mais 300 caras que estão ali ligando, muita gente de pesos diferentes pedindo luta, falando isso, falando aquilo, se você não vai estar lá. Então eu fiquei meio chateado com isso porque eu falei: mano, eu aceito esse, eu aceito aquele. Teve uma hora que eu falei para o Diego, eu falei para eles: cara, vê aí o que vocês querem fazer. Eu acho que não vai rolar mais. Tinha tantos caras que falavam, falavam, falavam e na hora, nada, então é meio complicado. Mas, o meu jeito de lutar, o meu jeito de agir nunca vai mudar, eu vou ser sempre o mesmo cara que eu sou, sem desrespeitar ninguém. E eu acho que, tudo que eu falei, eu não desrespeitei ninguém, eu simplesmente falei: cara, para de falar besteira se você não vai estar aqui.”

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Charles do Bronx revela dificuldade para encontrar oponentes e admite incerteza sobre UFC Rio

Brasileiro agora enfrenta Mateusz Gamrot no evento principal da noite

P: Ficou com medo da luta não acontecer?

“Com certeza. Eu falei para eles, eu falei: cara, eu sou o cara que mais quer lutar aqui, mas, de verdade, ninguém quer lutar, ninguém aceita a luta. Os nomes que chegam não tem base de fazer a luta acontecer (Eu: Falaram de Moicano, de Gamrot). Cara, esses aí foram os que mais falaram pela internet, mas eu acho que quando o telefone tocou eles não aceitaram. Eu também não sei se é verdade porque eu não tava lá no telefone junto com eles. Mas foi o que chegou para a gente. Então assim, eu não sei se é verdade ou se é mentira, mas foi o que chegou para a gente. Chegaram outros nomes também, que eu não sei se é verdade. Então assim, é meio complicado, mas vamos focar agora no dia 11, eu já tenho adversário, vamo embora!”

P: E apra fechar: a luta chega nos cinco rounds?

“Acho que a luta não passa nem do primeiro.”

Onde assistir ao vivo ao UFC Rio?

O UFC Rio contará com a transmissão ao vivo e na íntegra do ‘Fight Pass’ – serviço de streaming da entidade – a partir das 17 horas (horário de Brasília). O card principal deve ter início por volta das 20h.

As três primeiras lutas do evento poderão ser assistidas gratuitamente através dos perfis oficiais do UFC no Facebook, YouTube e Tik Tok.

Deiveson Figueiredo x Montel Jackson no co-main event

Na segunda luta em importância do card na capital carioca, o também ex-campeão Deiveson Figueiredo tenta ‘volta por cima’ em luta pelos peso-galo (até 61,2 kg).

“Lutar no Rio pra mim é sempre especial. Lutar em casa, com o calor brasileiro, a galera torcendo, vibrando por nós. A minha derrota naquela vez não aconteceu por causa do local, mas sim de erros que cometi. E pode ter certeza que eu estou 100%. Estou fazendo dessa vez tudo certinho e vocês vão ver um cara feliz e saudável lutando“, afirmou Deiveson à ESPN, relembrando derrota em 2023 para Brandon Moreno, no UFC 283, também na capital fluminense.

Esquadrão brasileiro

Além de Charles do Bronx e Deiveson Figueiredo, os outros brasileiros em ação no card principal serão Vicente Luque, que terá pela frente Joel Álvarez; Jhonata Diniz, que encara o português Mario Pinto pela categoria peso-pesado (até 120,6 kg); e Ricardo Ramos, que desafia Kaan Ofli.

No card preliminar, também há muitos brasileiros lutando.

Charles do Bronx, que fará a luta mais esperada de todas, deve enfrentar Gamrot por volta de meia-noite (de Brasília).

Programação UFC Rio

Card principal – início às 20h (de Brasília)

  • Peso-leve (até 70,3 Kg): Charles “do Bronx” Oliveira x Mateusz Gamrot

  • Peso-galo (até 61,2 Kg): Deiveson Figueiredo x Montel Jackson

  • Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Vicente Luque x Joel Álvarez

  • Peso-pesado (até 120,2 Kg): Jhonata Diniz x Mario Pinto

  • Peso-pena (até 65,7 Kg): Ricardo Ramos x Kaan Ofli

Card preliminar – início às 17h (de Brasília)

  • Peso-pena (até 65,7 Kg): Lucas Almeida x Michael Aswell

  • Peso-mosca (até 56,7 Kg): Jafel Filho x Clayton Carpenter

  • Peso-pesado (até 120,2 Kg): Vitor Petrino x Thomas Petersen

  • Peso-galo (até 61,2 Kg): Bia Mesquita x Irina Alekseeva

  • Peso-mosca (até 56,7 Kg): Lucas Rocha x Stewart Nicoll

  • Peso-palha (até 52,1 Kg): Julia Polastri x Karolina Kowalkiewicz

  • Peso-galo (até 61,2 Kg): Luan Lacerda x Saimon Oliveira


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