A China afirmou, nesta segunda-feira (28), que busca “respeito mútuo e reciprocidade” nas negociações tarifárias com os EUA, às vésperas de uma nova rodada de conversas bilaterais em Estocolmo. O encontro, que deve se estender por dois dias, tem como objetivo evitar o fim da trégua comercial firmada entre as duas potências, cujo prazo expira em 1º de agosto, segundo informações da agência AFP.
As delegações chinesa e americana se reúnem pela terceira vez na capital sueca, em meio ao
cenário de incertezas sobre o futuro das tarifas impostas por Washington. Bandeiras dos dois países tremulavam em frente ao Rosenbad, sede do governo sueco, conforme relatado pela AFP.
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Durante coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou que “espera-se que a parte americana, junto com a China, reduza os mal-entendidos, fortaleça a cooperação e promova o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações entre China e Estados Unidos”.
As tratativas ocorrem sob a pressão de um ultimato dado pelo presidente estadunidense Donald Trump, que estipulou o início de agosto como prazo final para rever os acordos com diversos parceiros comerciais. Caso não haja avanços, novas tarifas podem ser aplicadas a uma ampla gama de produtos importados.
Estão previstos aumentos que variam de 10% a 50% para bens provenientes do Brasil, enquanto México e Canadá enfrentam possíveis elevações de 30% e 35%. Se implementadas, essas medidas elevariam ainda mais a média tarifária dos Estados Unidos sobre importações – já no nível mais alto desde a década de 1930, segundo o centro de pesquisa Budget Lab, da Universidade de Yale.