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China troca soja dos EUA pela do Brasil e produtores pedem ajuda a Trump

Em carta, American Soybean Association alertou que os produtores vivem “estresse financeiro extremo”, com preços em queda e custos de insumos em alta

Na safra 2023-2024, a China comprou 54% das exportações americanas do grão, no valor de US$ 13,2 bilhões

Na safra 2023-2024, a China comprou 54% das exportações americanas do grão, no valor de US$ 13,2 bilhões –

A China, maior compradora de soja do mundo, tem substituído a oferta dos Estados Unidos pela brasileira em meio às tensões comerciais entre Pequim e Washington. O movimento já preocupa agricultores americanos, que veem risco de prejuízos bilionários com a perda de mercado para o Brasil.

Em carta enviada nesta terça-feira (19) ao presidente dos EUA, Donald Trump, a American Soybean Association alertou que os produtores vivem “estresse financeiro extremo”, com preços em queda e custos de insumos em alta.

O documento pede que Trump avance em um acordo comercial com o país asiático para garantir contratos significativos de compra de soja.

Segundo a associação, a mudança nas importações chinesas pode ter efeitos graves de longo prazo. Na safra 2023-2024, a China comprou 54% das exportações americanas do grão, no valor de US$ 13,2 bilhões.

A ausência de pré-compras da nova safra — considerada incomum — acendeu o alerta entre agricultores e tradings.

O setor reagiu também a uma postagem de Trump, em 11 de agosto, pedindo à China que quadruplicasse suas compras de soja americana. Embora a declaração tenha impulsionado momentaneamente os preços, produtores classificaram a meta como pouco realista.

“Os produtores de soja dos EUA não podem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente”, afirma a carta.

“Quanto mais avançarmos no outono sem chegar a um acordo com a China sobre a soja, piores serão os impactos para os produtores”, diz o texto.

A Casa Branca não se manifestou sobre o pedido.

Enquanto isso, as importações chinesas de soja registraram recorde em julho, beneficiando diretamente o Brasil, que ampliou sua presença como principal fornecedor do grão, principalmente depois da sobretaxa aplicada pelos EUA ao país sul-americano, que agora busca diversificar os mercados pelo mundo.

Informações: CNN


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