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China ultrapassa os EUA no mercado de carros do Brasil

Em 2007, a estreia dos carros chineses no Brasil foi um fiasco. Quase duas décadas depois, o jogo é outro. As marcas da China venderam 22,3 mil unidades em julho de 2025, enquanto as dos Estados Unidos — que já foram referência no mercado nacional — não chegaram a 22 mil.

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Atualmente, existem seis marcas de carros chineses operando no Brasil. Ao mesmo tempo, apenas duas são de capital norte-americano: GM e Ford. A Jeep, outrora dos EUA, hoje pertence à Stellantis, cuja sede fica na Holanda, integrante da União Europeia.

Com as marcas da China, o paradoxo é outro. A mais tradicional entre elas não surgiu na Ásia, mas na Europa: a Volvo Cars — que, desde 2011, pertence à chinesa Geely.

Em julho de 2025, a Volvo vendeu menos de mil carros no país, patamar semelhante ao de outras duas marcas sob controle de Pequim: GAC e Omoda Jaecoo. Elas estão longe das maiores representantes chinesas no mercado brasileiro de veículos: GWM, Caoa Chery e, a líder absoluta, BYD.

As três maiores da China no Brasil

A Chery foi a primeira montadora chinesa a vender carros no país. As vendas começaram em 2007, sem muito sucesso. A empresa investia pesado em propaganda, mas o produto não atendia à qualidade exigida pelo mercado nacional. Depois de uma década brigando para emplacar, uniu-se à brasileira Caoa. Daí por diante, os negócios melhoraram.

Em julho de 2025, a Caoa Chery vendeu 6,7 mil carros — quase o mesmo que a europeia Renault (7,9 mil). Elas ocupam, respectivamente, a 11ª e a 10ª posição em vendas no país.

Logo abaixo aparece a GWM, com sua linha de veículos híbridos e elétricos. Ela emplacou quase 4 mil unidades em julho, suficiente para deixar para trás empresas populares como Citroën (3,2 mil), Peugeot (1,8 mil) e a norte-americana Ford (1,5 mil).

A BYD, mais recente das três grandes marcas de veículos chineses no Brasil, emplacou quase 10 mil carros — metade do que fez a GM ao longo de julho. Porém, já superou as japonesas Nissan (7,6 mil) e Honda (7,4 mil).

Assim como a GWM, o foco da BYD são os carros híbridos e elétricos. No país desde 2021, o impulso para as vendas veio depois da parceria com outra empresa chinesa: a 99, um equivalente ao Uber, mas sob o controle do Partido Comunista Chinês, como ocorre com todas as companhias da China.


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