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Cidade na Paraíba decreta calamidade pública por causa de avanço do mar sobre casas

A cidade de Baía da Traição, no norte da Paraíba, decretou calamidade pública depois de o mar avançar sobre as casas da região. O município tem 9 mil habitantes e está a 92 quilômetros de João Pessoa, capital do Estado.

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Baia da Traição sofre com erosão costeira. Os habitantes do bairro Praia do Forte precisaram deixar suas residências depois de o avanço da água destruir 20 domicílios. De acordo com a Defesa Civil Municipal, o mar chegou a avançar seis metros em um ano.

Um trecho que liga as pessoas à Aldeia do Forte desmoronou. A destruição ocorreu depois de a maré avançar três metros no mês de outubro.

A Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou o pedido que decretou calamidade pública no município. Com a vigência do documento, que passou a valer no dia 7 de novembro, a administração local pode solicitar verbas para o Estado e para a União, para ações de mitigação do problema.

Entre as medidas planejadas para conter o avanço do mar, destaca-se o alargamento da faixa de areia na beira da praia. Uma outra alternativa é a construção de estruturas de concreto em formato de semicírculo, para conter as ondas e evitar mais desmoronamentos.

A gestão municipal teme que o avanço do mar possa atingir o Rio Sinimbu e, consequentemente, afetar o abastecimento de água potável na região. O curso de água fica a aproximadamente 30 metros da areia.

Baía da Traição também tem uma das maiores comunidades indígenas do Estado, com 6 mil habitantes de etnia potiguara.

O avanço do Mar na capital da Paraíba

Em março de 2024, João Pessoa, Baía da Traição e outras cidades assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta. O objetivo dos municípios é construir ações padronizadas para combater o efeito da erosão.

João PessoaJoão Pessoa
Vista de parte da capital João Pessoa | Foto: Reprodução/Wikipedia

As administrações firmaram o acordo com base no Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marinha. Trata-se de um conjunto de ações lançado pelo governo do Estado da Paraíba para gerenciar intervenções costeiras e construir recifes artificiais.


Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste. Sob supervisão de Anderson Scardoelli

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