COM ASSESSORIAS – “Uma experiência transformadora na área da saúde infantil”. O Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde) levou para Recife projeto piloto que vem sendo desenvolvido no município de Tibagi. O trabalho “Atendimentos Itinerantes para Crianças com TEA em Situação de Vulnerabilidade Social” foi apresentado no Congresso Internacional de Autismos do Brasil, o CIAB 2025. O material foi escrito pela diretora do CimSaúde, Pâmella Costa, em parceria com a neuropsicopedagoga Luana Santos.
“O projeto nasceu da soma de esforços entre gestão pública e prática clínica, com o objetivo de descentralizar os atendimentos e oferecer, de forma itinerante e multiprofissional, cuidados de qualidade para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em contextos de vulnerabilidade”, destacou Luana, que apresentou o trabalho durante o Congresso. A profissional faz parte da empresa “Encantar”, credenciada do CimSaúde para a prestação de serviços.
Diretora do Consórcio, destaca a importância da divulgação do projeto piloto. “Ele atende a uma demanda expressa pelo nosso presidente (prefeito de Arapoti, Irani Barros) para o desenvolvimento de iniciativas voltadas ao cuidado de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, exulta.
O projeto piloto está sendo aplicado no município de Tibagi, nos distritos de São Bento, Caetano Mendes e Alto do Amparo. Secretário municipal de Saúde, Luiz Tadeu de Andrade Mercer, destacou a “iniciativa inovadora e muito compensatória”. “O projeto-piloto proporciona atendimento humanizado e multiprofissional mesmo em áreas descentralizadas, evitando deslocamentos longos e desgastantes que poderiam comprometer o bem-estar das crianças, sobretudo em razão das questões sensoriais comuns no autismo”, destaca, lembrando que os distritos ficam a 40, 50 quilômetros de distância do município.
Já foram atendidas 26 crianças nos distritos, além dos atendimentos diretamente na sede da Secretaria de Saúde de Tibagi, “garantindo que famílias da região central também tenham acesso ao suporte especializado”.
Avaliação e Intervenção, Atendimento Precoce, e Atendimento humanizado baseado em evidências, fazem parte do processo. “O atendimento é descentralizado, mas centrado na criança. Valorizamos o uso de atividades sensoriais, contato com a natureza e exploração de diferentes materiais e texturas”, conta a neuropsicopedagoga, destacando ainda que os atendimentos priorizam as crianças que se encontram em contextos de vulnerabilidade territorial e social.
Além do atendimento às crianças, o projeto estende o olhar também às famílias – especialmente às mães atípicas. “O projeto reforça como a união entre gestão pública e iniciativa especializada pode transformar realidades, garantindo inclusão, desenvolvimento e qualidade de vida para crianças e famílias que antes estavam à margem desse acesso”, avalia o secretário.
Para Luana, a parceria do CimSaúde com a Prefeitura de Tibagi vem garantindo o sucesso do projeto. “Essa parceria mostra que quando unimos dedicação, conhecimento e compromisso social, conseguimos transformar realidades e ampliar o acesso a uma saúde mais justa e inclusiva”, evidencia.
Conforme Pâmella, além dos atendimentos realizados por prestadores credenciados, este projeto piloto, desenvolvido em parceria, tem gerado resultados extremamente positivos. “Ele representa não apenas um avanço significativo no atendimento especializado, mas também uma valiosa experiência de sucesso que foi apresentado no congresso. A apresentação tem como objetivo a divulgação da metodologia utilizada, bem como inspirar e servir de modelo para outras regiões de saúde”, finaliza.