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clima irregular e atraso no plantio elevam preocupações

O mercado global da soja iniciou a semana focado no Brasil, onde o atraso no plantio da safra 2025/26 acende um sinal para traders, produtores e exportadores. Segundo a plataforma Grão Direto, as condições climáticas adversas, somadas ao comportamento do câmbio e aos movimentos recentes da China e de Chicago, criam um ambiente de maior volatilidade e sustentam um viés altista nos preços.

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Com diversas regiões enfrentando desafios, do excesso de chuvas no Rio Grande do Sul à irregularidade das precipitações no Centro-Oeste, Sudeste e Norte, o ritmo da safra permanece comprometido, elevando a preocupação com o calendário produtivo.

Plantio de soja pelo Brasil

O atraso no plantio brasileiro, especialmente no Rio Grande do Sul, tem sido o principal fator de atenção no mercado internacional. O excesso de chuvas na região contrasta com a falta de regularidade em outras áreas produtoras, impactando diretamente o avanço da safra.

No estado de Mato Grosso, já há relatos de replantio, enquanto parte dos produtores segue aguardando chuvas mais consistentes. Se o cenário climático não se estabilizar até o fim de novembro, aumentam os riscos de perdas localizadas e de atraso generalizado na produção.

Mercado externo

A demanda externa também movimentou o mercado na última semana. Após a confirmação de compras chinesas nos Estados Unidos, Chicago registrou reação positiva, com vendas semanais de 1,58 milhão de toneladas para o país asiático. Apesar dessas aquisições, o Brasil permanece como principal fornecedor global de soja.

No contexto cambial, mesmo após a alta registrada na sexta-feira, o dólar segue relativamente contido, limitando parte dos ganhos internos da soja. O contrato de janeiro/2026 em Chicago encerrou a US$ 11,26 por bushel (+0,36%), enquanto março/2026 fechou a US$ 11,35 por bushel (+0,09%). O dólar subiu 1,89% na semana, terminando a R$ 5,40. No mercado físico brasileiro, as cotações tiveram reação positiva ao longo do país.

O que esperar do mercado?

Para as próximas semanas, o clima continua no centro do radar. A irregularidade das precipitações alimenta a incerteza do mercado e já pressiona os prêmios de exportação, que começaram a subir para março e abril, um movimento incomum para este período. Com estoques mais ajustados após uma safra volumosa e ritmo forte de exportações, qualquer ameaça climática ganha peso adicional na formação dos preços.

No cenário internacional, o câmbio segue sensível à política monetária dos Estados Unidos. Após sinalizações do Fed de Nova York, o mercado aumentou para 69% a expectativa de corte de juros em dezembro, embora as atas recentes indiquem divisão interna. Indicadores como vendas no varejo e o Livro Bege devem influenciar o comportamento do dólar nesta semana.

Com isso, o mercado da soja inicia a nova semana sustentado por fatores altistas, como o atraso no plantio, prêmios mais firmes, estoques ajustados e clima adverso. A falta de chuvas consistentes até o fim de novembro pode consolidar um cenário de risco produtivo, mantendo o Brasil no centro das atenções.

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