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Como é estratégia que fez Real Madrid faturar quase R$ 140 milhões com base

O Real Madrid negociou oito jogadores que saíram de suas categorias de base nesta janela de transferências, a maioria deles com a fórmula que o clube costuma usar com seus talentos de “La Fábrica”: venda de 50% dos direitos, sempre mantendo uma opção de recompra. Foi assim que foram arrecadados mais de 21 milhões de euros (quase R$ 140 milhões) com frutos de Valdebebas.

Rafa Obrador (nascido em 2004) foi para o Benfica por 5 milhões de euros (R$ 32 milhões), mesmo valor pelo qual Víctor Muñoz (2003) foi para o Osasuna. Chema (2005) no Stuttgart e Yusi (2005) no Alavés renderam cerca de R$ 19 milhões. A lista de transferências de formados no Real Madrid continua com Jacobo Ramón (2005) no Como por R$ 15,6 milhões, Álvaro Rodríguez (2004) no Elche por R$ 15,3 milhões e Marvel (2003) no Leganés por R$ 5,1 milhões. Há ainda Loren Aguado (2002), indo para o Albacete por um valor semelhante que ainda não foi oficializado.

Um modelo muito diferente do do Barcelona

Nos bastidores do Real Madrid, essas operações são motivos de orgulho. “A base dá lucros todos os anos e, além disso, nesta temporada, conseguiu um recorde de campeonatos nas categorias inferiores”, conta à ESPN uma fonte merengue.

A diretoria está satisfeita com sua gestão e justifica esse modelo com as receitas econômicas que ele traz a cada ano. No entanto, há também um crescente debate relacionado à política oposta usada em seu principal rival com a base.

Enquanto, no Barcelona, o time principal é alimentado por peças que subiram da “La Masía” (Lamine Yamal, Pau Cubarsí, Alejandro Balde, Gavi, Fermín López, Marc Casadó ou Gerard Martín); no Real Madrid, quase não há espaço para os talentos que saem de suas equipes juvenis.

Nico Paz é um dos exemplos mais marcantes. O jovem de 20 anos era considerado o talento mais diferenciado de Valdebebas, e até mesmo os jogadores do time principal comentavam isso no vestiário. No entanto, ele foi vendido ao Como na última temporada, priorizando o aspecto econômico em vez de dar-lhe uma oportunidade no time principal.

E, assim, os jovens da La Fábrica veem cada vez mais distante o sonho de jogar no time principal do Real Madrid.

“Jogar no time principal é praticamente impossível. É muito difícil. Já vemos com bons olhos as opções que surgem fora, porque ficar é complicado”, confessa à ESPN um jogador formado nas categorias de base do Real Madrid que foi transferido recentemente.

As famílias dos próprios jogadores têm uma opinião semelhante. “Já consideramos um sucesso que nosso filho possa chegar ao Getafe, um time da primeira divisão. Aqui no Real Madrid, sabemos que é quase impossível”, revela à ESPN o pai de um jogador da base merengue.

Gonzalo, Asencio e Joan Martínez são a esperança

O crescimento de Gonzalo García (2004) durante o Mundial de Clubes mostra o outro lado da moeda. O jovem jogador ainda não recebeu confirmação oficial sobre seu futuro, mas dentro do clube admitem que, salvo surpresa, ele será opção para Xabi Alonso na nova temporada. O jogador da base despertou o interesse de outros clubes de LALIGA, mas a ideia é que ele fique para exercer a função de atacante que o técnico queria buscar no mercado em seus primeiros dias no comando.

Raúl Asencio (2003) é um caso diferente do de Gonzalo, mas também terá um lugar no novo elenco do Real Madrid. O zagueiro entrou na equipe principal na temporada passada quase por acaso, devido às lesões de outros companheiros, mas nesta temporada espera-se que ele seja o quarto zagueiro ao lado de David Alaba.

Por sua vez, Fran González (2005) parte com vantagem para ser o terceiro goleiro, atrás de Thibaut Courtois e Andriy Lunin.

Atrás deles, surge o nome de Joan Martínez (2007). O zagueiro valenciano da La Fábrica é o talento com mais esperanças de se firmar no Real Madrid. Ele vem de superar uma grave lesão no joelho, mas é esperado entre os “maiores” nesta temporada. Se não tivesse sofrido aquele acidente, ele teria ocupado o lugar de Asencio já na temporada anterior.

Manuel Ángel (2004), Diego Aguado (2007), Valdepeñas (2006) e Palacios (2004) são os outros jogadores que poderiam ser promovidos do Castilla.

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