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Como MLS quer aproveitar Mundial para enfim estabelecer futebol nos EUA

O Mundial de Clubes chegou ao fim, mas espera ter deixado um legado nos Estados Unidos – mais especificamente na MLS, principal liga de futebol do país.

Ao todo, três times representaram o torneio na competição organizada pela Fifa: Seattle Sounders, campeão da Champions da Concacaf em 2021, Inter Miami, escolhido como representante do país-sede, e LAFC, substituto do León.

Dentro de campo, apenas um conseguiu resultados expressivos: a franquia de Miami, liderada por Lionel Messi, chegou nas oitavas de final e acabou eliminada pelo PSG. Na fase de grupos, porém, chegou a estar vencendo o Palmeiras por 2 a 0, antes de ceder o empate nos minutos finais.

As outras duas equipes saíram sem vitórias na fase de grupos, com o time de Los Angeles conquistando seu único ponto em um empate contra o Flamengo, quando os cariocas pouparam titulares por já estarem classificados.

Antes do torneio começar, John Thorrington, co-presidente do LAFC, destacava que o Mundial era uma chance de os times dos Estados Unidos mostrarem ao planeta a sua qualidade, mesmo que muitos os subestimassem.

“Sabemos que estamos representando a MLS, assim como Seattle e Miami sabem dessa responsabilidade. E eu acho que essa liga é subestimada, muito disso porque não tem a mesma exposição global. E, tomara, uma boa campanha, tomara que para nós, vai mostrar o nível da nossa liga”, disse em entrevista coletiva.

“Eu tenho falado com pessoas de todo o planeta que vêm assistir ao LAFC e é visível. Para mim, infelizmente, eles não sabem disso (do nosso nível), mas é preciso, para alguns, que exista essa exposição. E fazer parte desse primeiro Mundial de Clubes nos dá a oportunidade, para nós, Seattle e Miami, mostrar algo que nem sempre veem”, completou.

Os resultados não chegaram, mas os próprios dirigentes da MLS admitem que o Mundial será útil para o futuro da liga.

“O Mundial aumentou a régua da MLS. Nós jogamos de igual para igual com alguns dos melhores clubes do mundo, derrotamos o Porto, que sempre está no mata-mata da Champions League. Nós estamos orgulhosos dos nossos times. Esperamos que os clubes tenham aproveitado os centros de treinamento, os estádios”, disse Dan Courtemanche, CCO do torneio, em reunião com a imprensa.

Nelson Rodriguez, vice-presidente executivo de competição, vê a cultura de futebol aumentando dentro do ambiente da MLS depois do contato com torcedores de outros países.

“Nós queremos demonstrar que somos a melhor liga e os melhores times da nossa confederação. Eu li vários artigos, alguns dizendo que fomos bem ou mal, mas nenhum lembrando que temos apenas 30 anos. Quase um terço da nossa liga tem dez ou menos anos. Nós sempre aprendemos sobre a cultura do futebol”, afirmou.

“E cultura não pode ser comprada, isso leva tempo. O futebol tem uma cultura enraizada. O futebol existe no nosso país há 100 anos, o futebol profissional era esporádico, só agora possui estabilidade. Nós aprendemos mais sobre a cultura do esporte e estamos orgulhosos”, acrescentou.

E até mesmo clubes que sequer disputaram o Mundial estão satisfeitos dentro da MLS. Para Brad Sims, CEO do New York City, eventos como esse são importantes para o ambiente da liga e tornam os clubes mais atrativos.

“Eu estava preocupado, não ouvia ou lia muito sobre o torneio há pouco tempo, as pessoas não falavam tanto sobre. E a MLS ajudou também a elevar o nível do torneio. Para nós, quando as pessoas estão animadas com futebol nos Estados Unidos e em Nova York, isso é bom para o NYCFC. Quanto mais futebol nesse país, mais pessoas ligando para o esporte é melhor para o NYCFC. Eu adoraria que disputassem o torneio aqui a cada quatro anos”, destacou.

Em seu 30º ano de disputa, a MLS quer se consolidar cada vez mais mundialmente. E buscará cada vez mais se aproveitar de torneios como o Mundial de Clubes.

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