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Como Neymar causou rusga PSG x Bayern nos bastidores

Neste sábado (5), PSG e Bayern de Munique se enfrentam às 13h (de Brasília), no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, pelas quartas de final do Mundial de Clubes. A partida, que é uma das mais aguardadas do torneio, terá transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+.

Nos últimos anos, os dois clubes viveram uma série de “rusgas” nos bastidores, já que são geridos de maneiras totalmente diferentes.

De um lado, está o Paris, time que gasta “oceanos” de dinheiro em contratações, paga salários imensos e é comandado pela grana “infinita” da QSI (Qatar Sports Investments), um dos braços do Fundo Soberano de Investimentos do Qatar.

O comando do PSG é centralizado em Nasser Al-Khelaifi, presidente do clube e também CEO da QSI, que responde diretamente ao Governo qatari.

Não há grande preocupação com equilíbrio na balança comercial, e o time francês já foi alvo de uma grande investigação da Uefa entre 2018 e 2019 envolvendo várias operações.

Do outro, fica a equipe alemã, que é uma espécie de SAF e, apesar de também ser rica e poderosa, sempre foi muito mais crítica quando ao uso de recursos, especialmente salários.

O controle da agremiação é dividido em 75% das ações sendo dos associados e do próprio clube, o Fußball-Club Bayern München e. V., enquanto o resto fica partilhado em três parcelas iguais de 8,33% pertencentes à Adidas, fornecedora de material, à Audi, patrocinadora, e à Allianz, que dá nome ao estádio do gigante bávaro.

O organograma tem diversos cargos profissionais, como presidente (Herbert Hainer) e CEO (Jan-Christian Dreesen), além de vários presidentes honorários, como o ex-atacante Uli Hoeness, que também possuem voz nos bastidores.

Entre os alemães, o controle das contas é visto como essencial, já que a equipe precisa prestar esclarecimentos aos associados e acionistas a cada fim de ano fiscal.

E é justamente por todas essas diferenças que PSG e Bayern costumam ter debates acalorados sobre as finanças do futebol atual, especialmente no tema do fair play financeiro, além de discordarem em praticamente tudo nos encontros da Associação dos Clubes Europeus.

Uma das “disputas” mais lembradas entre os times, aliás, envolveu o brasileiro Neymar.

“Ninguém vale 100 milhões de euros”

O Bayern já teve Neymar em seu radar em três períodos diferentes: 2010, 2013 e 2017. Em todas essas ocasiões, houve um “flerte”, mas que nunca evoluiu para “namoro” sempre pela questão financeira, já que as cifras envolvidas em uma possível negociação eram muito acima dos “padrões alemães”.

A situação escalonou para a crítica pública na última sondagem, feita em 2017, quando Neymar estava em “rota de saída” do Barcelona e aparecia no radar do PSG.

Ao saber que o Paris estava disposto a pagar inacreditáveis 222 milhões de euros pelo brasileiro, o Bayern imediatamente se retirou das negociações. Posteriormente, o então presidente Uli Hoeness vocalizou a total discordância do gigante da Bundesliga com as cifras.

“É mais um sinal de fraqueza. Se tenho que gastar muito dinheiro para não conseguir nada, é mais um sinal de que não trabalhei tão bem antes. E é por isso que não posso estar interessado (em gastar tanto dinheiro)”, disse o cartola, em julho de 2017.

“Não é a transferência mais cara que é a melhor, mas aquele que te dá o máximo. Acredito que é por isso que, nessa bacia de tubarões de 100 milhões de euros, 200 milhões de euros, nós precisamos achar nosso próprio caminho”, completou.

Depois, em agosto, já com Neymar fechado com o PSG, Hoeness concedeu pesada entrevista ao Sport Bild e disse que tomou a “decisão certa” ao desistir do brasileiro, ressaltando que “nenhum jogador” valia o preço pago pelos franceses pelo astro.

“Não quero contratar nenhum jogador por 100 milhões de euros, ainda que nós tivéssemos esse dinheiro. É algo que não planejamos. Acredito que nenhum jogador do mundo vale 100 milhões de euros”, disparou, mostrando-se muito preocupado com a saúde financeira dos times europeus.

“Sinceramente, não sei aonde isso tudo vai chegar… Nossa ambição é ganhar a Champions League sem contratações loucas. Esse seria meu sonho. Por isso, preferimos investir o dinheiro na base. Ainda que isso não queira dizer que, no futuro, seguiremos fazendo contratações sensatas”, sublinhou.

Hoeness ainda “alfinetou” o Paris, dizendo que o Bayern trabalha apenas com “dinheiro próprio” e “conquistado”, deixando nas entrelinhas que o PSG só conseguiu atingir um patamar maior na Europa após a compra pelo Qatar.

“Trabalhamos com dinheiro próprio. Isso é decisivo. Outros clubes podem ter dinheiro emprestado ou dinheiro que algum proprietário colocou à disposição… Mas o Bayern pode ficar orgulhoso porque o dinheiro que tem é o que nós ganhamos”, bradou, fazendo também um “alerta”.

“Não temos que olhar só os custos das contratações, mas também os custos salariais dos contratos de quatro ou cinco anos, que são de 20 ou 30 milhões de euros. Em algum momento, isso é o que quebrará um clube, finalizou.

Onde assistir ao Mundial de Clubes?

O Mundial de Clubes tem transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+.

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