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Confederação do agro critica ‘radicalismos ideológicos’ do governo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criticou o atual cenário político do país em nota divulgada nesta terça-feira, 15. Segundo a entidade, O Brasil real — que produz, emprega e exporta — tem sido deixado de lado por uma pauta “estéril, paralisante e marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais”.

Na avaliação da CNA, o destaque dado a temas de caráter político, inclusive na esfera internacional, ficou evidente depois da divulgação da carta do presidente Donald Trump. O documento, diz a entidade, foi “um gesto simbólico, mas que reverberou nas instituições brasileiras e criou novo ruído na imagem do país no exterior”. 

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O comunicado ressalta que, em vez de consolidar sua posição como fornecedor estratégico de alimentos, energia limpa e minerais, o país tem sido lembrado por disputas políticas internas. Para a CNA, o Congresso Nacional tem contribuído para esse quadro de instabilidade com disputas partidárias.

O presidente Lula com os seus principais ministros de Estado: prudência ao contrapor os Estados Unidos, dizem empresários | Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Lula com os seus principais ministros de Estado: prudência ao contrapor os Estados Unidos, dizem empresários | Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula com os seus principais ministros de Estado: prudência ao contrapor os Estados Unidos, dizem empresários | Foto: Ricardo Stuckert/PR

“O Judiciário, por seu turno, também tem sido envolvido em um protagonismo institucional que, embora muitas vezes necessário, alimenta uma instabilidade constante.”

A nota diz ainda que o governo federal é “muito culpado”. Ao invés de assumir a liderança de uma agenda pragmática e pacificadora, o governo Lula “optou por reabrir feridas políticas, reforçando antagonismos e muitas vezes tratando adversários como inimigos”, diz a nota.

Essa escolha do Executivo tem custo, destaca a CNA. “A confiança empresarial, a previsibilidade regulatória e a estabilidade institucional, pilares de qualquer economia saudável, são minadas quando o próprio governo entra no jogo da revanche.”

Confederação cobra reformas estruturais na política brasileira

O setor produtivo, afirma a confederação, enxerga o cenário nacional com preocupação. A CNA cobra reformas estruturais, segurança jurídica e maturidade política que permita o planejamento de longo prazo e adverte que “nenhum investidor aposta em um país preso em disputas do passado”.

“O Brasil precisa de foco”, diz a nota. “É preciso que alguém diga o óbvio: a economia não pode continuar sendo refém de narrativas políticas que alimentam extremos e paralisam decisões.”


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