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Confinamento próprio ou boitel? Tamanho do rebanho é chave para decisão certa

Escolher entre confinamento próprio ou terceirizado não é simples. A decisão impacta diretamente os custos da engorda e o retorno financeiro da fazenda. Quer saber qual modelo de confinamento é o mais adequado para você? Assista ao vídeo abaixo e confira as valiosas dicas!

Segundo o zootecnista Maurício Scoton, professor da Universidade do Agro de Uberaba (Uniube), o primeiro ponto a ser analisado é o investimento em estrutura, que pode variar de R$ 4 mil a R$ 8 mil por animal instalado.

Para compensar esse alto custo, a fazenda precisa fazer vários giros por ano. Confinar apenas na seca pode não ser suficiente para diluir os custos fixos. É por isso que muitos confinamentos operam também durante o período das águas.

Gestão e mão de obra fazem a diferença

Vista aréa do confinamento de bovinos de corte da Captar Agrobusiness em Luis Eduardo Magalhães (BA). Foto: Divulgação/Captar Agrobusiness
Vista aréa do confinamento de bovinos de corte da Captar Agrobusiness em Luis Eduardo Magalhães (BA). Foto: Divulgação/Captar Agrobusiness

Outro fator decisivo é a complexidade da gestão operacional. “Não é só jogar ração no cocho”, alerta Scoton. Ter sucesso com o confinamento exige equipe treinada, controle rigoroso da alimentação e uso de tecnologia para garantir ganho de peso e eficiência máxima.

Um confinamento bem operado pode gerar ganhos diários de 150 a 200 gramas a mais por boi, mesmo usando a mesma dieta de outro com gestão menos eficiente. Isso só é possível com automação, monitoramento por chips e operação contínua — sete dias por semana.

Formar uma equipe de trato realmente eficiente leva tempo, cerca de dois anos de capacitação, o que dificulta a vida de quem quer montar um sistema próprio com pouca experiência.

Poder de compra pesa no custo da dieta

Peões na fazenda. Foto: Divulgação
Peões na fazenda. Foto: Divulgação

A formulação da dieta representa a maior parte dos custos no confinamento. Confinamentos grandes conseguem comprar mais insumos a preços melhores e trabalhar com uma variedade maior de ingredientes, o que permite criar dietas com efeito associativo — combinação de alimentos que melhora a conversão alimentar.

Já confinamentos pequenos enfrentam dificuldade em manter o estoque regular e, muitas vezes, precisam alterar a dieta com frequência, o que compromete o desempenho dos animais.

No fim das contas, o custo da diária pode ser semelhante ao de um boitel, mas com menor eficiência e lucro reduzido.

Para até 2.500 bois, boitel é melhor

Foto: Divulgação/JBS

Para quem engorda de 500 a 1.000 bois por ano, a recomendação de Scoton é clara: o boitel é a melhor escolha. Confinar por conta própria só compensa a partir de 2.500 cabeças, quando há escala suficiente para reduzir custos, manter estoque variado de insumos e formar uma equipe qualificada.

Na hora de escolher um boitel parceiro, o produtor deve buscar:

  • Histórico de resultados comprovados,
  • Tecnologia embarcada no manejo,
  • Transparência nas contas,
  • Diária competitiva.

Eficiência na ponta do lápis

A decisão entre confinamento próprio ou terceirizado deve ser feita com contas bem calculadas, levando em conta capacidade de gestão, poder de compra, investimento inicial e escala de produção.

Como alerta Scoton, “na pecuária, o lucro está na terceira casa depois da vírgula”.

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