O mercado brasileiro de soja registrou preços estáveis nesta terça-feira (10), com fraca movimentação de negócios no dia e prêmios estáveis.
Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, o destaque da semana é o relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado na quinta-feira (12).
“De um lado o comprador está de fora das atividades e tenta preços mais baixos, do outro, o produtor segura a soja, mostrando-se bem capitalizado”, aponta.
Preços médios da soja
- Passo Fundo (RS): permaneceu em R$ 130
- Santa Rosa (RS): ficou em R$ 131
- Porto de Rio Grande: seguiu em R$ 135
- Cascavel (PR): se manteve em R$ 129
- Porto de Paranaguá (PR): continuou em R$ 135
- Rondonópolis (MT): foi indicado em R$ 117
- Dourados (MS): recuou de R$ 120,50 para R$ 120
- Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 119,50
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira mistos, em dia de muita volatilidade.
Segundo Silveira, o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas limitou qualquer reação mais consistente, mesmo com o otimismo do mercado com as conversas comerciais entre China e Estados Unidos.
Expectativas para o relatório do USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá, no seu relatório de junho, indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26. Os estoques, no entanto, devem ser revisados para cima.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra norte-americana em 2025/26 deverá ficar em 4,338 bilhões de bushels, contra 4,340 bilhões previstos em maio.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 302 milhões de bushels para 2025/26, contra 295 milhões projetados em maio. Para 2024/25, a aposta é de um aumento, passando dos 350 milhões indicados em maio para 352 milhões de bushels.
A estimativa é que o órgão eleve a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,2 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser mantida em 49 milhões de toneladas.
Contratos futuros da soja


Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 1,75 centavo de dólar ou 0,16% a US$ 10,57 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,31 1/4 por bushel, ganho de 0,50 centavo ou 0,04%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 0,40, ou 0,13%, a US$ 295,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 47,79 centavos de dólar, com ganho de 0,41 centavo ou 0,86%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,5690 para venda e a R$ 5,5670 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5388 e a máxima de R$ 5,5773.