Parlamentares republicanos se manifestaram em apoio ao presidente Donald Trump depois do anúncio, na noite deste sábado, 21, de que as Forças Armadas dos Estados Unidos bombardearam três locais no Irã. Segundo o comunicado do presidente, os alvos eram instalações nucleares ligadas ao regime iraniano.
O senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, escreveu em sua conta na rede social X: “Muito bom, presidente Trump”. O senador John Cornyn, do Texas, classificou a decisão como “corajosa e correta”. Para a senadora Katie Britt, do Alabama, os bombardeios foram “fortes e cirúrgicos”. Já o senador Markwayne Mullin, de Oklahoma, afirmou: “América em primeiro lugar, sempre.”
O presidente da Comissão de Serviços Armados do Senado, Roger Wicker, do Mississippi, declarou que Trump “tomou uma decisão deliberada — e correta — para eliminar a ameaça existencial representada pelo regime iraniano” e acrescentou: “Agora temos escolhas muito sérias pela frente para garantir a segurança de nossos cidadãos e aliados”.
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O líder da maioria no Senado, John Thune, da Dakota do Sul, manifestou apoio ao presidente no momento dos ataques. “Ao tomarmos medidas nesta noite para garantir que uma arma nuclear permaneça fora do alcance do Irã, apoio o presidente Trump e rezo pelos soldados e pelo pessoal americano em risco”, afirmou.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, da Louisiana, afirmou que as operações militares “devem servir como um lembrete claro para nossos adversários e aliados de que o presidente Trump fala sério.”
O presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, Rick Crawford, do Arkansas, disse ter mantido contato com a Casa Branca e expressou gratidão aos militares norte-americanos “que realizaram esses ataques precisos e bem-sucedidos.”
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Apesar do amplo respaldo republicano, o Partido Democrata demonstrou divisões em relação à ação. O senador John Fetterman, da Pensilvânia — um dos mais enfáticos defensores de Israel entre os democratas —, apoiou os bombardeios.
“Como sempre afirmei, esta foi a decisão correta por parte do Presidente”, escreveu em sua conta no X. “O Irã é o principal patrocinador do terrorismo no mundo e não pode ter capacidades nucleares.”
Em contrapartida, parlamentares democratas e alguns republicanos expressaram preocupações quanto à legalidade e à autorização prévia da operação. O deputado Thomas Massie, republicano do Kentucky e crítico histórico de intervenções militares externas, escreveu: “Isso não é constitucional.”
“We have completed our very successful attack on the three Nuclear sites in Iran, including Fordow, Natanz, and Esfahan. All planes are now outside of Iran air space. A full payload of BOMBS was dropped on the primary site, Fordow. All planes are safely on their way home.… pic.twitter.com/AqCLmaLYJb
— The White House (@WhiteHouse) June 21, 2025
O deputado Jim Himes, de Connecticut, líder democrata na Comissão de Inteligência da Câmara, afirmou: “De acordo com a Constituição que ambos juramos defender, minha atenção a este assunto deve vir antes de as bombas caírem.”
O Senado norte-americano tem em pauta uma resolução que exigiria aprovação prévia do Congresso antes que os Estados Unidos declarassem guerra ou realizassem ações militares específicas contra o Irã. Os pronunciamentos deste sábado, no entanto, demonstram um movimento crescente dentro do Congresso em direção ao apoio à escalada militar.
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