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Contaminação inédita em ração mata 245 cavalos em 4 Estados

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, neste fim de semana, que investiga um caso inédito de contaminação em ração animal que já provocou a morte de ao menos 245 cavalos. Os casos ocorreram em Alagoas e em três Estados do Sudeste: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

A suspeita recai sobre produtos fabricados pela Nutratta Nutrição Animal Ltda. A empresa teve a produção interditada parcialmente por decisão do governo federal.

Essa á uma atualização do caso. Antes, no dia 3 de julho, o governo federal confirmava a morte de 222 cavalos. Ou seja, em dez dias, mais 23 ocorrências foram confirmadas pelas autoridades.

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Segundo a nota do Mapa, todas as propriedades afetadas registraram mortes apenas entre animais que consumiram as rações da Nutratta. Cavalos que não ingeriram o produto, ainda que alojados nos mesmos ambientes, permaneceram saudáveis.

Amostras analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária identificaram a presença de alcaloides pirrolizidínicos. São, conforme explicação do Mapa, substâncias tóxicas. Problemas neurológicos e hepáticos severos em equinos são alguns dos defeitos colaterais.

“Esse é um caso único”, afirmou, em nota, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. “Nunca, em toda a história do ministério, havíamos identificado a presença dessa substância em ração para equinos. É a primeira vez que isso acontece.”

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A origem da contaminação, segundo o governo federal, está relacionada a falhas no controle da matéria-prima utilizada pela empresa. O material apresentava resíduos de plantas do gênero Crotalaria, conhecidas por gerar a substância tóxica.

Diante das irregularidades, o Mapa instaurou processo administrativo fiscalizatório, lavrou auto de infração e suspendeu a fabricação e comercialização de rações para equídeos pela Nutratta Nutrição Animal. Posteriormente, a proibição foi ampliada para rações destinadas a todas as espécies animais.

Apesar da interdição, a Nutratta obteve decisão judicial autorizando a retomada parcial da produção, medida que o Ministério da Agricultura e Pecuária contesta. A pasta já recorreu da decisão, ao alegar que há novas evidências técnicas que demonstram os riscos à saúde animal e justificam a manutenção das medidas cautelares.

“Estamos acompanhando de perto”, disse Goulart. “Precisamos garantir que todo o lote contaminado seja recolhido e que nenhum novo caso aconteça.”

Com fábrica em Itumbiara (GO), a Nutratta não se manifestou sobre o caso. Não há nenhum comunicado no site ou nos perfis oficiais da empresa nas redes sociais. Na internet, pessoas reclamam da situação.


Revista Oeste, com informações da Agência Estado


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