Diante da proximidade da COP30, marcada para novembro, em Belém (PA), cresce a preocupação internacional com a dificuldade de garantir hospedagem acessível para as delegações. Evans Njewa, líder do grupo das Nações Menos Desenvolvidas (LDC), que reúne 44 países, alerta para o risco de um cenário caótico caso não haja solução efetiva para o problema.
Em carta recente, representantes de 25 países expressaram insatisfação com os custos elevados de hotéis e acomodações temporárias em Belém. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, reconheceu que os valores atuais chegam a ser 15 vezes maiores do que o habitual.
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Mesmo com promessas de providências por parte do Brasil, Njewa diz que ainda faltam respostas concretas para o impasse. O plano anunciado pela Secretaria Extraordinária da COP30 prevê, em uma primeira etapa, a oferta de 2,5 mil quartos, com tarifas entre US$ 100 e US$ 600.
No entanto, para Njewa, as medidas são insuficientes até o momento. “Se a ação demorar, a situação pode se tornar em caos”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele explicou que membros do grupo buscam apoio urgente para viabilizar a presença na conferência.
Njewa afirma que muitos países pobres, historicamente menos responsáveis pelo aquecimento global, são os mais prejudicados por seus efeitos e, por isso, precisam estar presentes nas negociações.
Governo Lula tem reunião sobre a COP30 na próxima semana
O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, elegeu a pauta ambiental como prioridade e decidiu trazer a COP30 a Belém. Entretanto, a atual crise logística ameaça comprometer o evento.
Um dos maiores exercícios para melhorar o seu humor é tirar um tempinho para olhar os preços de acomodações em Belém para a COP30 em novembro.
Sugiro que tente, dará boas risadas. pic.twitter.com/l4OfXGC0bF— Lusca (@mareaturbo_20v) August 1, 2025
A crise já afeta a participação de países de diferentes continentes. Nesta semana, a Áustria comunicou que o presidente Alexander Van der Bellen não comparecerá à COP30 devido aos custos.
O caos foi previsto pela revista britânica The Economist. Em abril, uma reportagem do veículo criticava a escolha da capital paraense e ponderava o provável caos logístico que resultaria da decisão.
Países do LDC aguardam novas reuniões com representantes do Brasil, previstas para a próxima segunda-feira, 11, com a expectativa de que suas preocupações sejam atendidas, segundo o presidente do grupo.
