
O Sistema CNA/Senar inaugurou, nesta segunda-feira (10), o Pavilhão AgroBrasil, abrindo oficialmente sua participação na COP30, que ocorre até 21 de novembro, em Belém (PA). O espaço está localizado na AgriZone, instalada na sede da Embrapa Amazônia Oriental, e reúne iniciativas voltadas à sustentabilidade da agropecuária brasileira.
O pavilhão apresentará projetos, exemplos e ações do agro nacional que demonstram o papel do setor na mitigação das mudanças climáticas e na promoção da segurança alimentar e energética.
Na cerimônia de abertura participaram o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço; o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara; a presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier; o diretor-geral do IICA, Manuel Otero; o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick; e o presidente do Sistema OCB Pará, Ernandes Raiol.
O público presente incluiu presidentes de federações de agricultura e pecuária, superintendentes do Senar, produtores rurais e representantes de entidades parceiras.
A programação do Pavilhão AgroBrasil contará com dias temáticos, voltados às cadeias produtivas de grãos, café, frutas, cacau, pecuária de corte, aves, suínos e pescados, além de painéis sobre práticas sustentáveis, agroenergia, segurança alimentar e comunicação. Também serão exibidas tecnologias aplicadas no campo, vídeos e debates técnicos.
Durante o evento, Muni Lourenço destacou o compromisso do setor com a sustentabilidade e a segurança alimentar. “O agro tem uma presença à altura de sua importância, alimenta mais de um bilhão de pessoas e cumpre uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo”, afirmou.
Lourenço ressaltou ainda o papel da AgriZone, considerada uma iniciativa inédita nas conferências climáticas da ONU. “É o momento de mostrar que a produção de alimentos e a preservação ambiental caminham juntas, com base na ciência e em tecnologias transferidas por instituições como a Embrapa e o Senar”, disse.
O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, apresentou a programação do Sistema CNA/Senar na AgriZone e na Blue Zone, destacando a parceria com a Embrapa para evidenciar a realidade da produção sustentável no país.
A presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá, reforçou que o trabalho conjunto entre os setores público e privado é fundamental para mostrar os avanços da agricultura sustentável nos seis biomas brasileiros. Segundo ela, a ciência e a tecnologia têm papel central na adaptação da produção aos diferentes tipos de solo e clima. “Precisamos incentivar tecnologias de baixo carbono e ampliar parcerias público-privadas para tornar a agricultura ainda mais sustentável e resiliente”, afirmou.
O presidente da Faepa, Carlos Xavier, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a atuação do presidente da CNA, João Martins, na defesa do produtor rural, especialmente dos pequenos.
O diretor-geral do IICA, Manuel Otero, enfatizou o papel dos agricultores do continente americano na segurança alimentar e energética global. “Os produtores cuidam do solo e garantem a paz por meio da produção de alimentos”, declarou.
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, defendeu a valorização da bioeconomia amazônica e a remuneração dos produtores por ações de preservação ambiental. Ele destacou o projeto Juntos pelo Agro, desenvolvido em parceria com o Sistema CNA/Senar, que atua no fortalecimento das cadeias produtivas na região.
Encerrando os discursos, o presidente do Sistema OCB Pará, Ernandes Raiol, ressaltou o papel das cooperativas na recuperação ambiental. “Quando todos cooperam, todos crescem”, afirmou.


