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Coreia do Norte perde 5 mil soldados para agradar a Rússia

A amizade pode custar caro. Mas os ditadores pagam o preço com o sangue dos súditos. A Coreia do Norte enviou por volta de 11 mil soldados para ajudar a Rússia na guerra de Vladimir Putin contra a Ucrânia. Deles, 5 mil morreram, segundo o serviço de inteligência do Reino Unido.

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De acordo com os britânicos, as operações norte-coreanas estão restritas a Kursk. É uma cidade do lado russo da fronteira. Cruzar a linha depende do aval tanto do presidente russo Vladimir Putin quanto do governo norte-coreano.

Assunto de família

Nenhum soldado da Coreia do Norte correu em apoio à Rússia sem a decisão inquestionável de Kim Jong-un. Ele é o ditador no comando do país. O cargo veio por herança: passou de pai para filho desde seu avô, Kim Il-sung.

Para militar com a foto de Kim Il-sung, o presidente eterno da Coreia do Norte | Foto: Reprodução/Governo da Coreia do Norte

Apesar de morto há décadas, Il-sung segue empossado como presidente norte-coreano. O cargo transcende a vida. De acordo com a constituição do país, no caso dele, é “Eterno”. E a ascensão da família do primeiro Kim da dinastia se deu à custa de sangue, com a ajuda dos russos.

Coreia logo abaixo da Rússia

No extremo leste da Ásia, existe um pedaço russo. Logo abaixo, Moscou fez nascer uma Coreia para chamar de sua, no norte de uma península. Isso aconteceu em 1945. O regime: ditadura comunista, desenhada sob medida pela União Soviética, cujo poder emanava dos burocratas da Rússia.

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Os soviéticos determinaram: Kim Il-sung para ditar as regras do país recém-criado. A população pagou com a vida. O primeiro ditador da Coreia do Norte declarou guerra ao país vizinho — a Coreia do Sul, uma área de influência dos Estados Unidos.

Kim queria que a península toda voltasse a ser um país, mas com todos vivendo de acordo com as regras dele. Os soviéticos gostaram da ideia, e os comunistas quase ganharam a guerra.

Saída à norte

O socorro contra o plano veio dos norte-americanos. Eles intervieram e empurraram as tropas para a parte da Península da Coreia acima do paralelo 38 — linha divisória traçada por Rússia e Estados Unidos. O embate teve uma pausa em 1953, mas oficialmente não acabou.

Não há um tratado de paz formal colocando fim à guerra. Embora sem disparos, o conflito segue. Assim como a família Kim também continua no comando do país — lugar de onde não pretende sair tão cedo.

Os sucessores, com a missão de garantir a dinastia no comando, já estão em treinamento. A primeira lição da cartilha para mandar na Coreia do Norte é: custe o que custar, seja amigo da Rússia. A segunda: vale o mesmo pela China.

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