O ditador norte-coreano Kim Jong-un recebeu no último sábado, 12, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte. A reunião reforçou os laços diplomáticos e militares entre os dois países, de acordo com a imprensa oficial do país comunista.
Participaram do encontro o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, e o embaixador russo na Coreia do Norte, Aleksandr Matsegora. A reunião ocorreu, segundo o governo norte-coreano, em uma “atmosfera cheia de calor e confiança camarada”.
A conversa abordou temas de interesse mútuo, com foco na implementação dos acordos firmados na cúpula entre Kim e Putin realizada em junho de 2024. Segundo o comunicado oficial, o objetivo foi “defender os interesses centrais comuns”, “demonstrar a invencibilidade e vitalidade das relações” entre os países e “desenvolver ainda mais a parceria estratégica abrangente”.
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Kim declarou que os dois países “compartilham as mesmas visões sobre todas as questões estratégicas em conformidade com o nível da aliança” e afirmou que isso demonstra “o alto nível estratégico alcançado pelos dois países”.
O dirigente norte-coreano disse estar convencido de que “as posturas diplomáticas coordenadas e harmoniosas dos dois países para adotar uma atitude proativa diante da situação geopolítica internacional em rápida mudança contribuirão positivamente para garantir a paz e a segurança na região e no resto do mundo”.
Lavrov, por sua vez, afirmou que as comunicações estratégicas entre os campos diplomáticos dos dois países foram satisfatórias e que a Rússia pretende “intensificar ainda mais a cooperação estratégica e tática e a ação coordenada com a Coreia na arena internacional”.
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No ponto central da reunião, Kim reafirmou que o país “está pronto para apoiar incondicionalmente todas as medidas tomadas pela liderança russa no que diz respeito à erradicação da causa raiz da crise ucraniana”, ao destacar que tal posição está em consonância com “o espírito do tratado interestatal entre a Coreia e a Rússia”.
Segundo o relato oficial, ficou “claramente expressa na conversa a vontade das lideranças dos dois países de apoiar e cooperar estreitamente entre si na jornada para salvaguardar completamente os interesses centrais dos dois países”.


O documento acrescenta que há intenção de “promover poderosamente a expansão abrangente e o desenvolvimento dos laços bilaterais e garantir o bem-estar sem fim dos povos e seu futuro brilhante, independentemente de qualquer mudança na situação”.
Por fim, Kim declarou sua confiança na vitória russa: “Expressando firme crença de que o exército e o povo russos seguramente vencerão na realização da sagrada causa de defender a dignidade e os interesses fundamentais de seu país e alcançar a prosperidade da Federação Russa sob a destacada liderança do presidente Putin”.
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