Emerson Piovesan assumiu como diretor financeiro do Corinthians no início de junho, com a chegada de Osmar Stábile à presidência após afastamento de Augusto Melo. Em pouco mais de dois meses, ele admite estar encarando o “maior desafio de sua vida”.
O dirigente já havia estado no comando das finanças alvinegras na gestão de Roberto de Andrade, entre 2015 e 2017, mas agora a dívida ultrapassou os R$ 2 bilhões.
O problema é tamanho que, no momento, o Corinthians está impedido de realizar novas contratações no futebol, sob “transfer ban” da Fifa, em razão de uma dívida de mais de R$ 33 milhões com o Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro Félix Torres.
Além disso, como publicou o “ge”, o Corinthians tem R$ 11 milhões em premiações para pagar a Memphis Depay até a próxima quarta-feira (20), e o clube busca alternativas de renegociação.
“Temos vários compromissos e nossas receitas. Estamos discutindo com nossos credores a melhor forma de encaixar esses compromissos dentro das receitas atuais. Está fácil? Não, mas estamos trabalhando para honrar todos os compromissos… E vamos honrar, dentro de uma negociação. Todos são prioridade”, disse Piovesan, em rápido contato com a ESPN.
Especificamente com o astro holandês, o Corinthians mantém negociações com seu estafe, mas ainda sem ter conseguido avanço para parcelar os valores devidos. “Eles (estafe de Memphis Depay) aceitam conversar. Compreender é outra coisa. Mas acreditamos que podemos evoluir.”
A princípio, o Corinthians trabalha no curto prazo para aumentar receitas com os parceiros que já têm hoje e, mais à frente, espera estar mais estruturado para obter novos acordos.
Além das questões que tem impacto direto no dia a dia, o Corinthians aparece com quase R$ 466 milhões no cadastro da Dívida Ativa da União, que retrata todos os créditos públicos devidos. Piovesan revelou que o clube trabalha também por um parcelamento dessas cifras.
“Esses valores se devem à revisão que estamos fazendo para concluir uma nova transação financeira que será feita. Para isso, tivemos que consolidar todos os tributos e, com isso, houve essa elevação. Mas devemos concluir essa revisão nos próximos dias e com solução favorável.”
Além do problema com o Santos Laguna, em decisão já referendada pelo TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), e Memphis Depay, o Corinthians ainda pode sofrer reveses jurídicos em breve, em casos como o de Matías Rojas e com o Talleres, da Argentina, pela compra de Rodrigo Garro.
